(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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segunda-feira, junho 30, 2003



E agora um momento de humor com os cumprimentos da revista Time:

"Meeting last month at a sweltering U.S. base outside Doha, Qatar, with his top Iraq commanders, President Bush skipped quickly past the niceties and went straight to his chief political obsession: Where are the weapons of mass destruction? Turning to his Baghdad proconsul, Paul Bremer, Bush asked, "Are you in charge of finding WMD?" Bremer said no, he was not. Bush then put the same question to his military commander, General Tommy Franks. But Franks said it wasn't his job either. A little exasperated, Bush asked, So who is in charge of finding WMD? After aides conferred for a moment, someone volunteered the name of Stephen Cambone, a little-known deputy to Donald Rumsfeld, back in Washington. Pause. "Who?" Bush asked."

Jorge Moniz às 12:49 |




Nas notícias sobre a Katharine Hepburn, diz-se que ela "morreu de velhice". Há tanto tempo eu não ouvia esta expressão, que pensava que já ninguém morria de velhice. Quando há uma notícia da morte de alguém conhecido, ou foi "vítima de acidente" (normalmente de viação), de "doença súbita" (ataque cardíaco, avc,...), ou de "doença prolongada" (cancro ou sida). Não sei por que há esse pejo em tratar as doenças pelo nome (há-de haver sempre uma revista ou outra que o vai dizer). Não se percebe como depois de tantos anos ainda há esta carga social no nome de algumas doenças. Mas felizmente, mesmo com os avanços todos da medicina que sempre descobre novos males, ainda se pode dizer que alguém morreu, simplesmente, de velhice. Estava velho e conseguiu chegar ao fim sozinho.

Jorge Moniz às 11:08 |




1 000 000 euros. Foi a indemnização dada pelos tribunais a um homem condenado por engano a prisão perpétua pela morte de dois adolescentes. O erro foi descoberto 15 anos depois. É o equivalente a um ordenado de 1000 contos por mês durante esses anos. Diz ele, obviamente, que trocaria o dinheiro por um passado em liberdade.
E digo eu que, ainda assim, ele teve a sorte de viver num país onde a pena mais pesada é só a prisão perpétua.

Jorge Moniz às 10:48 |




Serviço público: o casal Maranga encontra-se bem lá por Philly, em vias de se instalarem, mas ainda não têm internet. (onde é que eu já ouvi isto?...)

Jorge Moniz às 09:16 |



sexta-feira, junho 27, 2003



No livro que estou a ler aparece esta descrição de uma personagem feminina:

"De fealdade distinta, com um elegante rosto de ovelha, no qual se mesclavam elementos rústicos e aristocráticos"

São conhecidas as tendências homossexuais do Thomas Mann, mas não havia necessidade...

Jorge Moniz às 10:45 |




Mal imaginava eu que dois dos links que adicionei recentemente ao homme estavam relacionados:

"Amigos dos The Gift desde o Festival das Marés, em Vila Nova de Gaia, com quem tocaram, os Cousteau convidaram a banda de Alcobaça para abrir alguns dos seus concertos em Inglaterra. Prevê-se que a banda inglesa actue no seu país em Setembro, pelo que esta seria a primeira vez que os The Gift se apresentariam ao vivo no Reino Unido.

Depois de uma curta passagem por Espanha, já neste fim-de-semana, a próxima paragem dos The Gift além fronteiras será a Venezuela. De 15 a 23 de Julho a banda irá dar alguns concertos, naquela que se irá chamar semana "The Gift by Polar Ice". Contamos ter mais detalhes nos próximos dias.
Depois desta semana na Venezuela, os The Gift seguem para os EUA para mais alguns concertos.

É já na próxima quinta-feira, dia 26, que os The Gift voltam a subir ao palco em Lisboa. A actuação está inserida no "Projecto Bairro Alto ­ Animação Urbana", contando-se que antes da banda de Alcobaça toquem os Tocá Rufar.
O espectáculo terá início às 22h30, no Largo Camões, e a entrada é livre.
"

Lido, como sempre, aqui.

Jorge Moniz às 10:17 |




De cada vez que eu lá ia, encontrava-o. Sempre com o mesmo casaco castanho, ruço de uso, a mesma mochila aos pés, castanha. Da mochila saía invariavelmente uma agenda daquelas oferecidas pela empresa ou pelo banco. E um lápis amarelo com marcas de dentes na parte de cima. Durante uns segundos rolava o lápis amarelo nos dedos da mão direita, enquanto lia algo na agenda. Depois, por mais uns segundos, segurava o lápis amarelo nos dentes, enquanto folheava com os dedos da mão direita as páginas da agenda.

Nunca escrevia nada. Aliás, na agenda tudo estava escrito a caneta azul. Nas vezes em que estive mais próximo, pude aperceber-me de que era uma caligrafia alongada, ligeiramente inclinada para trás. Quase todos os dias tinham algo escrito - duas, três linhas. Parecia mais tratar-se de frases do que de listas de tarefas. Como se fosse um pequeno diário.

Um dia, a curiosidade venceu o pudor e sentei-me ao lado dele. Não falei logo. Quis aproveitar lentamente o momento, saboreando mais alguns detalhes. Ele folheava a agenda de trás para a frente, o que dificultava a minha tentativa discreta de ler algo que me ajudasse a perceber. Penso que terá notado o meu olhar, pois só parou na capa, onde estava naturalmente escrito o ano a que dizia respeito. E esse ano era cinco anos antes daquele ano em que estávamos.

Respirei fundo e falei-lhe. Desculpei-me pela ousadia, mas que realmente precisava de saber de quem era aquela agenda e o que continha. Ele ouviu-me de cabeça baixa, os olhos na agenda. Depois levantou e rodou a cabeça. Uns olhos fundos e inexpressivos fitaram-me por alguns instantes. A mão direita que segurava o lápis amarelo com marcas de dentes na ponta começou a tremer. Voltou a olhar para a agenda, guardou-a dentro da mochila, de seguida o lápis. Levantou-se, pôs a mochila às costas por cima do casaco castanho ruço de uso e saiu. Não o voltei a ver.

Ainda hoje, passados alguns anos, penso naquele homem. Penso nele todos os dias, ao anotar algo na minha agenda para o dia seguinte.

Jorge Moniz às 09:04 |



quinta-feira, junho 26, 2003



E também na Visão.

Jorge Moniz às 15:21 |




3 Cartazes enormes no metro:
Fotografia de uma praia. "Venha ao Algarve e esqueça o resto do mundo"
Fotografia da Ribeira do Porto, com a ponte. "Venha ao Porto e esqueça o resto do mundo"
Fotografia aérea do Palácio da Pena. "Venha a Lisboa e esqueça o resto do mundo"

Em Lisboa cidade, ou mesmo concelho, não havia nada de interessante para pôr num cartaz turístico? Se quiserem fugir ao lugar-comum da Torre de Belém, há sempre o Terreiro do Paço, o novo Rossio, o Chiado, Alfama, as pontes, os Jerónimos, etc, etc,...

Jorge Moniz às 12:09 |




Por momentos assustei-me porque os caracteres com acentos e afins passaram-se. Foi o gajo que mudou o enconding do ISO para o Windows. Ja' voltei a pôr como estava dantes.
O novo design esta' agradavel, mas menos pratico: não se vêem os ultimos posts enquanto se escreve, quando se mudam formatações tem de se ir procurar em que sitio esta' o botão do publish, que devia ser omnipresente, é-se obrigado a ver um preview do post antes de o publicar...

Jorge Moniz às 10:41 |




pessoal: chegou o novo editor do blogger!

Jorge Moniz às 10:29 |



quarta-feira, junho 25, 2003



Zé, respondo em forma de post, porque aqueles comentários estão a ficar para baixo e já nem eu nem tu lá devemos passar: não te esforces por encontrar as surpresas; um dia quando menos esperares e deixares o rato a passear sozinho, descobres sem querer.

Jorge Moniz às 11:14 |



segunda-feira, junho 23, 2003



Peguem no S. António, tirem o relevo de Alfama e multipliquem por n vezes. Tirem as sardinhas e juntem o merguez. Tirem as marchas populares e ponham... qualquer coisa: cada bar com uma bateria e umas guitarras na esplanada, ópera, canto gregoriano, quartetos de sopro, mini-orquestras de câmara, jazz, oriental, latina, percussão (os "Tóca rufar" daqui chamam-se "Les enfants de la batterie"!), instrumentos nunca vistos, tudo isto, bem entendido, na rua. A única regra é ser gratuito. E ainda o espectáculo de inauguração das novas 20 000 lâmpadas de flash da Torre Eiffel (Simply Red, Robbie Williams,...) e outros concertos de palco, como o excelente dos Gotan Project no Palais Royal. E quem tem algum instrumento musical em casa leva-o com os amigos para a rua. Para Paris não sei, mas na França inteira foram 20 000 concertos num só dia. E a música foi ainda celebrada em cidades de 120 países, de Washington a Kabul.

Jorge Moniz às 14:05 |




Hoje no Público.

Jorge Moniz às 14:05 |




- Queres?
- Quero.
E lá foram os dois.
Não houve "está bem", ou "pode ser". Ou mesmo um sibilado e tímido "sim". Antes um afirmativo "quero".
Ele sorriu indisfarçadamente por dentro. Ela escondeu o calor que sentiu na face. "Quero".
E lá foram os dois.

Jorge Moniz às 10:32 |



sexta-feira, junho 20, 2003



A noite mais curta do ano é neste fim-de-semana. Muito sol e pouca lua. 5:45, 22:00, 18, 30 ºC são os números.
E Paris não vai dormir, porque em cada sala de espectáculos, monumento, avenida, jardim, praça, ruela vai estar a:

Fête de la Musique!

Jorge Moniz às 15:33 |





Para vos refrescar um bocadinho.
Com os cumprimentos da gerência.

Jorge Moniz às 13:52 |




Pronto, lá houve algumas alterações nos links, não sei parar quieto.
E mais duas surpresas meio escondidas...

Jorge Moniz às 07:50 |




Ao longo destes 5 meses de homme, fui tendo noção do forte aumento da quantidade de blogs portugueses. Nota-se isso principalmente no aparecimento de varias listagens e apontadores (este é dos mais simpaticos). Mas para mim era ainda uma coisa discreta, quase de culto, uns milhares silenciosos de jovens em idade pos-mirc. Quando descobri que isto ja' atinge os mais diversos tipos de pessoas, com as mais variadas utilizações.
Sabiam que, por exemplo, o Francisco José Viegas tem um blog? E o Pacheco Pereira? Este último tem quase 1000 page views por dia. Leiam por favor a crónica que ele escreveu ontem no Público sobre o assunto.

Sabem quando um dia aquela vossa música preferida e praticamente desconhecida, passa na rádio e toda a gente a descobre e vocês ficam contentes por um lado, mas por outro...?

Jorge Moniz às 07:45 |




Há uns anos tive uma experiência caricata no cinema.
Foi a primeira e a última vez que entrei nas salas do Vasco da Gama.
Eu já sabia que não ia gostar do cheiro das pipocas, do barulho das pipocas, do barulho dos "aspiradores" de coca-cola.
Mas não contava ter isto tudo exactamente no lugar à minha frente, exactamente no lugar à minha direita e exactamente no lugar atrás de mim. À minha esquerda não havia problema, era quem estava comigo.
E não contava que o filme começasse sem som, que o som aparecesse passados 10 minutos, que o filme parasse passados mais 5 minutos e que demorassem 20 minutos a rebobiná-lo.
Aprendi uma coisa, no entanto: é que o lucro da venda das pipocas serve para pagar a senhoras da limpeza para aspirarem os restos de pipocas em todos os intervalos entre sessões!
Por causa disto tudo, raramente me lembro do fabuloso filme que era.
Revi-o ontem na televisão e chama-se The Green Mile.

Jorge Moniz às 07:45 |




Finalmente chegou cá. Foi ontem no telejornal da France2, um dossier especial de 5 minutos.
Primeiro mostraram um apresentador de televisão, depois um embaixador e finalmente um antigo ministro. Todos presos. Depois entrevistaram um tal de "Joel", um Adelino Granja e um Pedro Namora, nuns jardins ao pé de um mosteiro. Mostraram umas imagens de um castelo e de um elevador. Falaram com alguns "populares" que estavam sentados por ali num miradouro ao pé do elevador e acabaram com um sociólogo chamado Eduardo Prado Coelho a explicar em francês o afastamento entre os cidadãos e os políticos.

Jorge Moniz às 07:44 |



quinta-feira, junho 19, 2003



Na eventualidade de algum de vocês que estão em Lisboa passar esta tarde por aqui, até deve ver as letras a derreterem-se no monitor! 41°C! Desliguem os computadores, que isto até lhes faz mal, e metam-se dentro de agua!

Jorge Moniz às 13:12 |




Segundo a revista Nature, o cromossoma Y foi finalmente sequenciado. Ao contrario do que seria de esperar, era muito mais misterioso do que o X...
Por outro lado, algumas das descobertas confirmam aquilo que ja' sabiamos ha' muito tempo:
"Comparison of the sequence of human Y chromosomes with those of the great apes shows that some of these palindromic sequences were established before human and chimpanzee lineages diverged 5 million years ago."

Jorge Moniz às 12:08 |




Tranquilo.
Hoje é feriado aí, há 24h que o homme não muda de cara, as coisas parecem mais estáveis. Não me fica bem dizer isto, mas, tentando algum afastamento: gosto muito deste blog!

Depois de uma semana a mexer na forma, é altura de voltar ao mais importante, o conteúdo.
Haja histórias para contar e imaginação para as inventar.

Entretanto lá consegui marcar as minhas idas aí: duas semanas em Agosto para a praia e um fim-de-semana em Setembro para um casamento.
Pela primeira vez em 20 anos...... não vai haver Algarve...... chuif....... (como quem não quer a coisa, sempre foram 2/3 da minha vida)
Vou ter que me limitar ao bronzeado possível em tardes de Nazaré, uma vez que, como todos sabem, manhãs de sol de verão a norte do Cabo Carvoeiro é uma utopia.
Mas conto pegar nas duas rodas e no meu primo para mais umas expedições montanhosas, arqueológicas e afins.

Jorge Moniz às 09:00 |



quarta-feira, junho 18, 2003



Ultima (?) alteração. O facto de obrigar o titulo a ficar numa linha estava a empurrar a foto para a direita e algumas pessoas precisavam de fazer scroll horizontal.
Agora o titulo é uma imagem! Pronto: podem começar a queixar-se que as cores não são exactamente iguais às da pagina.

Jorge Moniz às 14:12 |




Os vôos para ir ai' em Agosto estão de tal maneira, que eu faço uma pesquisa na net, encontro tarifa economica restrita, faço refresh, passa para economica, novo refresh, passa para executiva!

Jorge Moniz às 13:21 |




"Um indivíduo que atravessava esta manhã a Ponte Vasco da Gama, num táxi, mandou o motorista parar, abriu a porta e saltou para as águas do Rio Tejo, revelou a Polícia Marítima, que agora procura o homem. Testemunhas no local dizem ter visto o homem nadar em direcção ao Montijo, adiantou a mesma fonte."
in Público

Descobriu na altura que não tinha dinheiro para pagar o táxi?

Jorge Moniz às 12:45 |




O que é nacional é bom!
Abaixo o yahoo! Viva o sapo!
(ontem à noite a certa altura apareceu-me isto no yahoo:
Document Unavailable: The document you requested is temporarily unavailable because this group has exceeded its download limit. Please try again later.)

Ja' agora, sr. blogger, gostas do titulo numa so' linha? Quem foi mais teimoso, quem foi? Hum? Meti-te uns non breaking spaces (obrigado João)! Vê lá se consegues agora passar o chien para debaixo do homme! Vá! Tenta!

Jorge Moniz às 08:18 |



terça-feira, junho 17, 2003



TOU-ME A PASSAR COM O YAHOO!!!!!!!!!!!!!!
Ontem criei um grupo novo, copiei as imagens, so' ficaram publicas umas horas. Hoje criei novo grupo, idem. Agora voltei a pôr os links para o grupo de sempre e as imagens ja' estão activas outra vez. Não sei por quanto tempo...
Se alguém conhecer outros sitios onde armazenar ficheiros, agradeço a dica.

Jorge Moniz às 12:23 |



segunda-feira, junho 16, 2003



Bom, ja' pus as imagens de volta...
Era (ou é!) o yahoo a passar-se. Apesar de eu ter aquilo como publico, estava so' a mostrar os conteudos aos membros (eu)!
Simplesmente criei outra pagina igual com um nome diferente... as manhas da net...
(na remota possibilidade de alguém ir aos arquivos, não vera' para ja' as imagens porque eu so' tive pachorra para passar os três ficheiros actualmente visiveis)

E se eu fizesse alguma coisa de util hoje? Que moleza......................

Jorge Moniz às 15:52 |




Deu ontem na televisão mais um documentario sobre a II Guerra Mundial. A novidade é que este consistia apenas em imagens a cores, que na altura ainda eram raras. Retratavam essencialmente a libertação da França.
É curioso ver as coisas de outra maneira: como começou por esta altura do ano e se estendeu por todo o verão, os tanques americanos que foram da Normandia para a Bretanha, iam por caminhos verdejantes, cobertos de camuflagem verdejante.
Ao chegar a Paris, as raparigas que lhes subiam para cima e beijavam os GI's tinham vestidos floridos de cores vivas.
Por todo o lado agitavam-se os azuis e vermelhos das bandeiras francesas, inglesas, americanas.
Chegou depois a cor mais pardacenta dos soldados franceses prisioneiros e exilados, muitos deles com cartas da familia no bolso ("Não escrevas mais à tua mulher."). Se, por distracção, la' passavam perto dos vizinhos, ficavam com os ouvidos entupidos de "Eh cornudo!".
Mas também os cemitérios da Normandia com, lado a lado, o castanho da terra remexida nas campas recentes de soldados americanos e o verde da relva de duas décadas nas campas dos seus pais.
E cruzes brancas. Muitas.

Jorge Moniz às 11:45 |




Um homme de cara lavada.
Não sei se repararam, mas ao longo dos ultimos dias têm aparecido de modo intermitente uns novos links aqui à esquerda. Acho que agora ja' é definitivo. Espero que gostem, usem e abusem.
Aproveitei os acrescentos para levar o moço à inspecção periódica. O João fez-lhe uma revisão ao estado do html e ensinou-me uns truques de css para recauchutar os links.
Por alguma razão obscura e teimosa, o titulo passou para duas linhas, não sei se vos acontece a todos (também depende do tamanho de texto no IE (ou no Netscape e outros, se alguém ainda os usa...) e das definições da placa grafica que estiverem a usar).

Jorge Moniz às 11:12 |



quinta-feira, junho 12, 2003



"Viva a solidão!
que cerra mais e mais
os punhos dos homens
- para terem a ilusão dos dedos iguais.
"
José Gomes Ferreira

Jorge Moniz às 09:48 |




Escreveu algo.
Olhou para aquilo um minuto: bestial.
Olhou mais um minuto: besta.
Qual o valor das primeiras impressões? Dos instintos?

Jorge Moniz às 09:47 |



quarta-feira, junho 11, 2003



As melhores canções dos últimos 25 anos, segundo os espectadores da VH1:

1. Nirvana, «Smells Like Teen Spirit»
2. Michael Jackson, «Billie Jean»
3. Guns N` Roses, «Sweet Child O` Mine»
4. Eminem, «Lose Yourself»
5. U2, «One»
6. Run-D.M.C., «Walk This Way»
7. Prince, «When Doves Cry»
8. Whitney Houston, «I Will Always Love You»
9. The Police, «Every Breath You Take»
10. Madonna, «Like a Virgin»
11. Van Halen, «Jump»
12. Alanis Morissette, «You Oughta Know»
13. TLC, «Waterfalls»
14. Sinead O`Connor, «Nothing Compares 2 U»
15. Pink Floyd, «Another Brick in the Wall (Part 2)»
16. No Doubt, «Don`t Speak»
17. Def Leppard, «Photograph»
18. R.E.M., «Losing My Religion»
19. Public Enemy, «Fight the Power»
20. AC/DC, «You Shook Me All Night Long»
21. U2, «With or Without You»
22. Cyndi Lauper, «Time After Time»
23. Prince, «Little Red Corvette»
24. Celine Dion, «My Heart Will Go On»
25. Rick James, «Super Freak»
26. Bon Jovi, «Livin` on a Prayer»
27. Grandmaster Flash, «The Message»
28. Britney Spears, «... Baby One More Time»
29. Bruce Springsteen, «Born in the U.S.A.»
30. Janet Jackson, «Nasty»

Chamo a atenção para as obras-primas da música n° 10 e 28.
As 70 surpresas seguintes estão aqui.

Jorge Moniz às 10:50 |




Não sei se se lembram de eu ter falado aqui de um filme de animação que passou em Cannes, chamado Les Triplettes de Belleville.
Estreia hoje e conta a história da Madame Souza e do cão Bruno, em busca do seu apadrinhado ciclista Champion, que foi raptado em plena Volta a França por dois homens de negro nos anos 30. Este é o louco do cartaz.


Baisse la tête: t'auras l'air d'un coureur!

Jorge Moniz às 10:42 |



terça-feira, junho 10, 2003



É sabido que é mais difícil um texto fazer sorrir do que rir. Isto a propósito da deliciosa crónica (ou ficção-de-uma-página) do António Lobo Antunes na Visão da semana passada.

Jorge Moniz às 10:11 |




Há uma ligeira sensação de viagem no tempo quando estou sentado no sofá a ler, depois olho para a janela onde tudo o que vejo são prédios do século XIX e ouço então os cascos de um cavalo que passa...

É inútil chegar-me à janela e olhar lá para baixo. Sei que é só mais um miúdo de patins em linha.

Jorge Moniz às 10:02 |




A frustração do fim-de-semana.
A minha irmã para mim:
- Viste ali? Era a... coisa!
- Quem?
- Aquela actriz francesa! Sophie qualquer coisa!
- A Sophie Marceau? Onde?
- Cruzou connosco na passadeira! Vai ali atrás!
- Onde?!
- Agora já não a vejo.
- Onde?! ONDE?!

Jorge Moniz às 10:02 |



sexta-feira, junho 06, 2003



De novo o silêncio

"Dormiam onde calhava, sem mais preocupações de conforto que o regaço do outro, alguma vez tendo por único tecto o firmamento, o imenso olho negro de Deus crivado daquelas luzes que são o reflexo deixado pelos olhares dos homens que contemplaram o céu, geração após geração, interrogando o silêncio e escutando a única resposta que o silêncio dá."
José Saramago

Está aí mais uma Feira do Livro de Lisboa. Boas compras.
(gosto do desenho da palavra "Boas". é cheia, redonda. e ainda mais assim com um B maiúsculo)

Jorge Moniz às 16:40 |




Ainda as greves... até escrever sobre isso chateia! Já são tão poucos, que decidiram bloquear linhas férreas e depósitos de autocarros e comboios para haver algum efeito! Como meia-dúzia de pessoas podem condicionar milhões!
Um "popular" entrevistado na televisão teve esta tirada genial:
"Temos que mostar ao Governo que em Democracia não são eles que governam."
Alguém dê um dicionário e um livro de história a este gajo!!! Favor consultar as palavras "democracia", "eleições", "maioria" e "anarquia".
Lembro o essencial da questão: os trabalhadores do privado descontam 40 anos para ter a reforma completa. Os funcionários públicos 38. A nova lei vai igualar todos a 40 anos (igualdade, senhores da cgt, acho que o conceito vos é familiar). E perguntam vocês se o pessoal dos transportes é funcionário público. Não. Mas são de todos os trabalhadores aqueles cujas greves são mais incómodas e eles decidem fazer greve pelos outros que continuam o seu trabalhinho...
Diziam os habitantes de uma pequena aldeia gaulesa que os romanos eram doidos. Parece que deixaram cá mais qualquer coisa além de pontes e aquedutos.

Jorge Moniz às 13:13 |



quinta-feira, junho 05, 2003



por isso deixo a palavra aos outros que têm coisas tão lindas para dizer:

O "número dois" do Pentágono, Paul Wolfowitz, disse ontem que o principal motivo da acção militar contra o Iraque foi o petróleo. O secretário de Estado adjunto da Defesa, que já tinha fragilizado a posição do chefe do Governo britânico, Tony Blair, sobre a polémica em torno das armas de destruição maciça (ADM) ao descrevê-las como "justificação burocrática" para a guerra, foi agora mais longe ao afirmar que a invasão militar pode ser justificada pelo facto de o Iraque "nadar" em petróleo.
in Público

Jorge Moniz às 12:41 |




...só para dizer que ando com muito pouco para dizer...

Jorge Moniz às 12:26 |



quarta-feira, junho 04, 2003




A todos os interessados aqui fica uma sugestão de S.António
Lomomanjerico


sandra às 18:32 |




"a ausência é também uma morte, a única e importante diferença é a esperança."
José Saramago

Jorge Moniz às 12:51 |




O Carvalho:

Jorge Moniz às 12:39 |



terça-feira, junho 03, 2003



Correio:

As chamadas telefónicas que faço para aí são tão baratas, que na factura deste mês da Marconi procurei, procurei, procurei o talão de pagamento, até que encontrei uma pequena nota: "Devido ao baixo valor facturado, não tem nada a pagar este mês; este montante transita para a próxima factura."

Agora que estou aqui é que os serviços de investimento de fundos da CGD se lembram de me oferecer um voucher de 100 euros numa Pousada de Portugal! Podiam ter mandado uma cartita normal como é costume e eu so' sabia quando fosse ai', ja' tinha passado o prazo, etc., mas não: tinha que ser por e-mail!

Jorge Moniz às 08:54 |



segunda-feira, junho 02, 2003



"Passei a vida toda a ouvir que os comunistas comiam criancinhas.

Afinal ... eram os socialistas...!!!!"

Jorge Moniz às 16:35 |




Procura-se:
Alguém (m/f) que tenha lido "A Trilogia de Nova Iorque", para discussão séria sobre o livro, em particular a relação entre as três histórias. Dão-se alvíssaras.

Jorge Moniz às 13:28 |




Notícias do fim-de-semana:

2000 pessoas assistiram em lágrimas à última descolagem do Concorde. E no dia seguinte eram 15 000 para a última aterragem. O Concord, esse, ainda voa até Outubro.

Manganões.
Um carro da polícia segue atrás de outro carro. Este tem no vidro um daqueles avisos de venda, com um número de telemóvel. Os polícias ligam para aquele número. O condutor atende. Os polícias mandam-no encostar e multam-no por falar ao telemóvel durante a condução!

As consequências atípicas da pneumonia: na China os divórcios baixam 50 % e as sexshops estão em ruptura de stocks. Por um lado, a quarentena faz com que as pessoas passem mais tempo em família; por outro, o medo da doença faz aproveitar a vida.

O governo decidiu fazer uma campanha para diminuir o consumo de tabaco em 20 % nos próximos 5 anos, aumentando o preço de venda.
A maneira clássica seria fazer um aumento de x e no fim dos 5 anos fazer um balanço. Mesmo que não se tivessem alcançado os 20 %, dir-se-ia que era positivo, etc...
A maneira original que o ministro da saude encontrou foi aumentar o preço quantas vezes for necessário até alcançar o objectivo nos 5 anos.
Pelo menos aos 5 € ja' se estima que chegue o maço.
Há quem lembre o caso de Inglaterra, onde o tabaco é duas vezes mais caro do que aqui, o que faz com que exista 25 % de mercado clandestino.

As havainas são a nova moda. Há 3 anos apareceram nos pés de algumas passagens de modelos. Demorou o tempo do costume a descer desde os modelos até às massas e neste verão vão estar em todo o lado.
Entre as meninas "bem" o que é in agora são os piercings. Em joalheria. A custarem mais de 200 € cada.

O calor neste fim-de-semana foi de tal maneira que tivemos direito a tempestades de verão. Eu só apanhei trovoada, mas em Montmartre, a 2 km de casa, houve 1 metro de granizo. As temperaturas variaram entre os 20 e os 30 ºC. Dentro de casa, graças aos vidros duplos, mantiveram-se entre os 23 e os 26 ºC.

Jorge Moniz às 12:08 |




Hora queru dare aqui as boas vimdas ao meo primo Daniel!
Quanto ao Sr. Carvalho, não me lembro dessa foto, por isso não deve ser nada de excepcional! ;-P
Ja' não tenho aqui os ficheiros: em casa logo vejo.

Devido ao feriado em França e na Suécia, na passada quinta-feira, dia 29 (eu e o Zé andamos a apanhar a espiga), não foi assinalada aqui a entrada nos 30 de mais um membro do blog, o senhor Renato Jorge Mauricio. Ele também não teve tempo de aqui passar, por isso não é grave!

Segunda-feira ja' sabem que é dia de...

Noticiario do menino Diogo Jorge:
Pois o rapaz ja' ganhou 600 g e 10 cm desde que nasceu ha' quase um mês. La' continua com a sua ginastica, ja' aguenta a cabeça direita e empurra o corpo com os pés, quando deitado.
Ontem ao telefone disse-me "nhhnghghhnghgnh".

Jorge Moniz às 12:00 |