(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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sexta-feira, junho 06, 2003



Ainda as greves... até escrever sobre isso chateia! Já são tão poucos, que decidiram bloquear linhas férreas e depósitos de autocarros e comboios para haver algum efeito! Como meia-dúzia de pessoas podem condicionar milhões!
Um "popular" entrevistado na televisão teve esta tirada genial:
"Temos que mostar ao Governo que em Democracia não são eles que governam."
Alguém dê um dicionário e um livro de história a este gajo!!! Favor consultar as palavras "democracia", "eleições", "maioria" e "anarquia".
Lembro o essencial da questão: os trabalhadores do privado descontam 40 anos para ter a reforma completa. Os funcionários públicos 38. A nova lei vai igualar todos a 40 anos (igualdade, senhores da cgt, acho que o conceito vos é familiar). E perguntam vocês se o pessoal dos transportes é funcionário público. Não. Mas são de todos os trabalhadores aqueles cujas greves são mais incómodas e eles decidem fazer greve pelos outros que continuam o seu trabalhinho...
Diziam os habitantes de uma pequena aldeia gaulesa que os romanos eram doidos. Parece que deixaram cá mais qualquer coisa além de pontes e aquedutos.

Jorge Moniz às 13:13 |