|
|
quarta-feira, julho 23, 2003
Formas de sentir o verbo ter.
Quando alguém diz "és minha" é culpado de possessibilidade? De tratar a outra pessoa como sua propriedade?
Ou quando diz "faço tudo o que quiseres" é culpado de falta de vontade própria?
Não creio. São apenas formas, fórmulas que usamos quando o simples "gosto muito de ti" ou o "adoro-te" já são pequenos e o "amo-te" continua a enrolar-se na língua.
(de repente fiquei a ouvir "O Problema de Expressão" dos Clã)
Depois há claro umas criaturas que levam isto à letra: quando a Maria Callas se queixava ao Onassis de ele já não lhe oferecer flores, ele respondia: "Mas tu agora és minha, já não faz sentido! Para que é que eu iria oferecer flores a mim próprio?"
E "vou ter contigo" é apenas a versão condensada de "vou ter um bom momento passado em tua companhia".
Jorge Moniz às 11:03 |
|
|
|