(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quinta-feira, agosto 07, 2003



Abriu a caça.
Não sei se também vos chegou aí a história dos patos de plástico. Aqueles que há uns dez anos estavam em caixotes num navio no Pacífico, veio uma tempestade e caíram ao mar. Como eles boiam (são daqueles amarelinhos tipo banheira), aguentaram estes anos todos por aí. Descobriu-se agora que alguns estão a aparecer na costa leste americana, tendo dado a volta por cima do Canadá. Devem ter passado invernos presos no gelo e nos verões lá avançavam mais. Os oceanógrafos andam a rever teorias das marés e paga-se bem a quem encontrar destes patos.

Jorge Moniz às 15:38 |