(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quinta-feira, agosto 07, 2003



Estava aqui a pensar nos milhões de dólares que vai receber o iraquiano que deu as pistas sobre os filhos do Saddam. Vezes dois, porque eram dois filhos. Já estou a ver a bela mansão que ele vai construir, bem isolada e protegida - nunca se sabe os fanáticos que andam por aí! Tendo em conta que estamos no Iraque, já deve ficar com a vidinha toda arranjada.
E quando for avô, vai estar sentado no sofá com um neto ao colo a contar-lhe uma história das 1001 noites e o neto vai-lhe perguntar:
- Vozinho, como é que ficaste tão rico?
- Chibei-me.

Jorge Moniz às 13:45 |