(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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quinta-feira, agosto 07, 2003



Eu que tenho uma imaginação a dar para o fraquinho, leio as notícias das detenções do pessoal que anda a pegar fogos e o cérebro entra em funcionamento acelerado... Que eles actuem por doença mental, razões económicas, ou sejam simplesmente parvinhos (olha tão giro umas luzes azuis, ti-no-ni!) não me interessa: as ideias borbulham na mesma (a canícula ajuda!)... E incluem essas criaturas e isqueiros razantes, por exemplo... E inspiram-se naquelas exposições de engenhos medievais bastante curiosos, por exemplo...

Jorge Moniz às 16:11 |