(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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domingo, novembro 02, 2003



Eu já sabia bem que, se há casos em que se vai à florista escolher umas flores para oferecer, outros há em que se telefona para as mandar entregar numa dada morada. Há até multinacionais que permitem fazer a surpresa noutro país.
O que eu não sabia é que a mesma alternativa existe em França para a decoração de sepulturas: se uma pessoa não pode/quer ir ao cemitério, telefona para uma florista que vai lá andar pelos corredores à procura do local certo onde deixar as flores.
(Nota: este é o mesmo país em que houve centenas de mortos devido ao calor que ficaram semanas nas morgues sem serem reclamados, muitos porque as famílias estavam na praia.)

Jorge Moniz às 03:48 |