|
|
sábado, novembro 01, 2003
Na Visão lê-se:
A suspeita há muito que existia mas um relatório hoje divulgado nos Estados Unidos não deixa margem para dúvidas: a Casa Branca beneficiou mais de 70 empresas americanas que ganharam contratos no Iraque e no Afeganistão, no valor de 8 mil milhões de dólares. Pormenor adicional: essas empresas contribuíram decisivamente para a eleição de George Bush, pois todas elas financiaram a campanha do actual Presidente. A acusação pertence ao Center For Public Integrity, uma organização não governamental com sede em Washington, ficando ainda a saber-se que os 10 contratos mais importantes - entenda-se os que envolviam mais dinheiro - foram parar às firmas que empregaram indivíduos hoje com responsabilidades na administração Bush.
Exemplos não faltam e o mais elucidativo envolve a Halliburton e o seu antigo director geral, Dick Cheney, hoje vice-Presidente dos EUA. Uma filial desta empresa, a KBR, tem a seu cargo empreitadas em território iraquiano que envolvem mais de 2,3 mil milhões de dólares.
Para conhecer melhor os resultados desta investigação - incluindo nomes, quantias e contratos - consulte www.publicintegrity.org. Para conhecer as principais visadas neste estudo consulte www.halliburton.com. Ou www.bechtel.com
E no Pano do pó faz-se a análise política:
E por cá chateamo-nos com cunhazitas para meter filhas de ministros na universidade.
Cambada de amadores...
Por estas e por outras é que eu continuo a defender o financiamento exclusivamente público dos partidos políticos. E se uma parte pode depender dos resultados eleitorais obtidos, outra deve ser igual para todos. Senão é a pescadinha de rabo na boca (ou, em francês, le serpent qui se mord la queue!): para ter votos é preciso dinheiro e para ter dinheiro são precisos votos.
Jorge Moniz às 22:04 |
|
|
|