(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quinta-feira, janeiro 22, 2004


Bolo-Rei vs Galette des Rois
Eu sei que o bolo-rei foi levado de Paris para Lisboa pelo filho do fundador da Confeitaria Nacional, lá longe no século XIX. O que eu não sei é quem é que mudou a receita. Porque o gâteau ou galette des rois que se come aqui hoje em dia durante o mês de Janeiro (como faz aliás sentido atendendo ao nome), só tem em comum com o bolo-rei a forma redonda e a fava. Nem sequer tem um buraco no meio. A massa é folhada, com um recheio de creme e não tem frutas. Acaba por ser muito parecido com a parra que se come nas pastelarias portuguesas.
A tradição diz que os patrões desejam aos seus funcionários os melhores vœux para o ano novo à volta de uma mesa com galettes e é para lá que eu vou agora.

Jorge Moniz às 14:16 |