(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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segunda-feira, fevereiro 23, 2004


Copiado na íntegra, este post da Sara

(deixem o cursor em cima do texto para ser mais fácil de ler)

Algumas formas de submissão culturalmente aceites:

- A grande maioria das mulheres quando se casam adoptam o nome do marido;
- A mulher, em geral, dentro do núcleo familiar, tem sempre o carro mais pequeno ou o que foi mais barato;
- Depois de uma almoço ou jantar, em geral, são as mulheres que levantam a mesa e arrumam a cozinha;
- Em muitas monarquias o filho varão herda o trono - lei sálica - ainda que seja o mais novo;
- A mulher é, muitas vezes, vítima de violência doméstica [Se acontece com a frequência que todos sabemos ela deve ser culturalmente aceite ou não?!... Será?];
- A mulher recebe um salário inferior ao homem em muitos casos ainda que desempenhem a mesma função;
- A mulher tem pelo menos uma parte do seu corpo submissa à legislação portuguesa;

Algumas formas de submissão culturalmente não aceites:

- Uso de hijab ou burka;
- A mulher não trabalha e não estuda. Compete-lhe ficar em casa e cuidar dos filhos e do marido;
- A mulher não tem direito de voto;
- Uma mulher infértil não vale nada;
- A mulher apanhada em adultério é apedrejada até à morte;
- A mulher não pode sair do país sem autorização do marido;

A cultura tem um forte peso entre as condutas aceites e não aceites... Mas se recuarmos 40 anos atrás no nosso país podemos ir à lista do não culturamente aceite e passá-la quase toda para o aceite.


Será preciso esperar mais outros 40 anos para a lista de cima passar para a de baixo?

Jorge Moniz às 10:21 |