(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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domingo, março 21, 2004


CÂNDIDA PINTO
Com todas as maiúsculas. Notável e comovente a reportagem que acabo de ver sobre o tráfico de menores e de órgãos em Moçambique. Onde houve brancos e negros, estrangeiros e moçambicanos, adultos e crianças (o Luís Figo é um jogador brasileiro!), religiosos e polícia de investigação, comboios que apitam quando atropelam alguém e "atropelados" a quem o comboio leva a roupa e algumas entranhas.
Tudo aquilo fez-me lembrar "O último voo do flamingo", nas situações e nas personagens:
- Cortaram essa coisa do homem, ou vice-versa?

Jorge Moniz às 22:00 |