(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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sexta-feira, março 26, 2004



Guardar tudo consigo e manter com o "ex" uma relação forte podem ser comportamentos equivalentes àquele que se tem com um objecto que transmite segurança. Seja um urso de peluche, uma fralda ou uma fotografia. (...) O único risco que estas pessoas correm é o de não criarem um espaço interior para cultivar outras relações amorosas, e de não voltarem a entregar-se ou a sentirem-se realizadas do ponto de vista afectivo. Conservar o "ex" muito próximo pode impedir de fazer o "luto" da relação, e não deixar margem para um novo amor ou para recuperar a autonomia emocional. Daí os avisos dos especialistas: é preciso conhecer a dor da separação e viver essa experiência, por mais dolorosa que seja. Uma ferida que não cicatriza é sempre uma ferida que dói.

Laurinda Alves

Jorge Moniz às 21:07 |