(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



e-mail

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quinta-feira, abril 15, 2004


Blog Geographic
Tenho assistido por aí à formação de alguns blog-casais. Vão lendo e gostando do que o outro escreve, deixam uns comentários, depois passam para o e-mail, o messenger, o telefone, o café, a praia,... e depois lá vem o post a oficializar a coisa.
Mas eu queria aqui falar é dos outros. Aqueles de que nunca se chega a saber. Aqueles que vão em grande velocidade até ao encontro frente a frente. E aí pode acontecer, por exemplo, uma destas situações: "A gaja é gorda!", "O gajo é esquelético", "A tipa é horrorosa!", "Este caramelo é um minorca!".
Ou, por outras palavras mais eufemísticas, a faísca acendida ao escrever não encontra combustível para se transformar numa chama.
Depois o que acontece é que um deles vai continuar a escrever ao outro, mas obtém respostas mais lacónicas. As visitas e os comentários desiquilibram-se para um dos lados e passados uns tempos o assunto morre.
Para todos esses o meu bem-haja e melhores dias virão.

Jorge Moniz às 12:11 |