(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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sexta-feira, abril 23, 2004


Dia mundial do livro
Eu pareceu-me ouvir nas notícias que em Lisboa, Porto e Coimbra vão ser distribuídos gratuitamente 300 000 livros em locais públicos. Mas como eu ainda estava um bocado no reino dos zzzz pode ter sido só impressão minha. De qualquer maneira, com o sol que está não há desculpa para não andar na rua à coca.
Eu proponho aqui outra ideia: dizer quais foram os livros que vos marcaram mais até hoje. Não têm que ser os melhores, nem os que gostaram mais. Apenas aqueles livros.
Os meus:

Anatoli Ribakov, Os Filhos da Rua Arbat
Colum McCann, Deste lado da luz
David Lodge, Terapia
Gabriel Garcia-Márquez, O Amor nos Tempos de Cólera
José Luís Peixoto, Uma Casa na Escuridão (é verdade: o blogger venera o Peixoto)
José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira
Jostein Gaarder, O Mundo de Sofia
Paul Auster, A Trilogia de Nova Iorque
Richard Zimmler, O Último Cabalista de Lisboa
Umberto Eco, O nome da rosa

Jorge Moniz às 10:41 |