(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quarta-feira, maio 12, 2004


Este final de tarde, no prato

de você sei quase nada
pra onde vai ou porque veio
nem mesmo sei
qual é a parte da tua estrada
no meu caminho
será um atalho
ou um desvio
um rio raso
um passo em falso
um prato fundo
pra toda fome que há no mundo
noite alta que revele
o passeio pela pele
dia claro madrugada
de nós dois não sei mais nada

(...)

Zeca Baleiro, Alice Ruiz

Jorge Moniz às 18:41 |