(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



e-mail

This page is powered by Blogger.

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com















segunda-feira, maio 31, 2004


Se não existisses...
... era eu quem te inventava.
Ia juntando todos os ingredientes, um tanto de loucura e de riso, outro tanto de mimos e de ternura, mais alguma malandrice e muita sedução. Pintava-te os cabelos da cor que tens, os olhos da cor que sabes, enchia-te a pele de extremidades nervosas extremamente sensíveis. Fazia-te as mãos pequenas e por fim vestia-te com todas as cores.
Depois, chegava-me a ti e dizia baixinho: "olá".

Jorge Moniz às 00:39 |