(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



e-mail

This page is powered by Blogger.

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com















quinta-feira, junho 17, 2004


Era uma vez... (parte II)
...um jardim que se chamava Jardim do Éden e onde, pelo meio de flores que nunca murchavam e árvores que davam frutos todo o ano, vivia um casal de seus nomes Adão e Eva.
Por essa mesma altura, houve uma grande agitação no Céu, porque o mais belo arcanjo de Deus se revoltou contra o seu criador. Este, para castigá-lo, condenou-o aos abismos mais profundos do Universo. E Lucifer caiu durante séculos e séculos, levando consigo outros anjos desencaminhados. Ora durante essa queda, soltou-se da sua testa uma grande esmeralda, demasiado pura e luminosa para seguir o arcanjo até às trevas. Esta esmeralda acabou por cair no Jardim do Éden, aos pés de Adão, que admirado com a sua beleza a guardou sempre, até mesmo depois de ser expulso do Paraíso, e a transmitiu a seus filhos.
Muito tempo depois, um dos descendentes de Adão, maravilhado com o verde da esmeralda, mandou talhá-la em forma de taça. Este homem tinha por nome Simão, o Leproso, e foi em casa dele que Jesus tomou a sua última refeição, bebendo daquela taça.

(segundo várias tradições gnósticas, in Jean Markale, La naissance du roi Arthur)

Jorge Moniz às 13:51 |