(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



e-mail

This page is powered by Blogger.

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com















segunda-feira, julho 05, 2004


Espero que não leias isto...
...porque amanhã,
(assim pelo fim da madrugada)
eu vou acordar uns minutos antes do teu despertador. E vou deslizar até me encostar às tuas costas. E o meu braço vai dar-te a volta à cintura como um cadeado de que não sabes a combinação. E com a boca sussurrada ao teu ouvido vou informar-te que não vais a lado nenhum.
(tu vais dizer apenas uns monossílabos imperceptíveis com essa voz de quem acaba de acordar...)
Depois vou puxar-te a gola da t-shirt para te descobrir o ombro e reclamá-lo meu, propriedade dos meus lábios.
(mas tudo isto é segredo, espero que não leias...)

Jorge Moniz às 16:40 |