(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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quarta-feira, agosto 11, 2004


...
Sentado em frente ao computador. Página de word em branco. Dedos pairando por cima das teclas. Nada. Folheando livros de poesia, romances, história. Nada. Pegando nas pequenas histórias do jornal. Nada. Nas grandes notícias do jornal. Nada. Olhando para os objectos à sua volta. Nada.
Pretextos há. Ideias encadeadas é que não.

Jorge Moniz às 15:48 |