(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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quarta-feira, setembro 08, 2004


Esta noite...
...sonhei que um tio-avô meu ainda era vivo e estava a realizar a sua décima quarta viagem turística a Marte, coisa que fazia sempre que a esposa lhe pedia o divórcio. Pelo que percebi, no meu sonho Marte era destino de algum tipo de peregrinação. Ora acontece que no mesmo sonho, mas alguns frames mais à frente, tive a ideia de fazer um post falando das viagens desse meu tio-avô, qualquer coisa do género "vejam lá que já é a décima quarta vez que ele lá vai para salvar o casamento".
O curioso desta história não é a existência de viagens comerciais a Marte nem as catorze tentativas de divórcio: é que, se bem me lembro, foi a primeira vez em dezanove meses que eu sonhei com esta coisa onde escrevo.

Jorge Moniz às 13:28 |