sexta-feira, outubro 08, 2004
Escrita à mão
Despi a camisa e sentei-me à espera. Não sei quanto tempo ali estive, bebendo o mar, pescando a fome. Até que um dia alguém apareceu, apareceste. De mão estendida disse, disseste "Aquele hovercraft é teu?". Eu respondi com os olhos, peguei-lhe, peguei-te nos braços e saltámos lá para dentro. Liguei os motores. Respirou, respiraste fundo com um sorriso tranquilo enquanto flutuávamos para longe. A cadeira ficou sozinha como um marco.
Jorge Moniz às 21:19 |
|