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sexta-feira, novembro 26, 2004
Entristece-me esta história do Miguel Graça Moura.
Das vezes que o vi, quer em entrevistas na televisão, quer ao vivo dirigindo a Orquestra Metropolitana de Lisboa, sempre simpatizei com ele e o seu ar de tigre no sorriso e no cabelo. E sempre gostei da postura informal e pedagógica com que tratava a música e os concertos. Muitas vezes falava com o público, contando pequenas histórias sobre o compositor ou a obra que se seguia. Penso que mantinha essa relação agradável também com os músicos.
Certa noite, já lá vão talvez uns 10 anos, estava eu confortavelmente sentado para assistir a um concerto da OML. Os músicos já tinham afinado os instrumentos. Fez-se silêncio para entrar o maestro pela porta lateral e ouvir os costumeiros aplausos de boas vindas. Nesse instante a orquestra começa a tocar os parabéns. Era o aniversário dele, foi apanhado de surpresa e ficou um pouco embaraçado.
Espero que a investigação venha a concluir que o maestro não fez nada de ilegal, apesar de várias atitudes que ele tomou nos últimos meses me desagradarem independentemente do resto.
Jorge Moniz às 15:23 |
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