(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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segunda-feira, novembro 29, 2004


A faixa escondida

Talvez por não saber falar de cor
Imaginei
Talvez por saber o que não será melhor
Aproximei
Meu corpo é o teu corpo
O desejo entregue a nós
Sei lá eu o que queres dizer
Despedir-me de ti
Adeus, um dia voltarei a ser feliz

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
Não sei o que é sentir
Se por falar falei, pensei que se falasse
Era fácil de entender

Talvez por não saber falar de cor
Imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer
Obrigado por saberes cuidar de mim
Tratar de mim olhar p'ra mim
Escutar quem sou
E se ao menos tudo fosse igual a ti e...

É o amor que chega ao fim
Um final assim
Assim é mais fácil de entender


Sónia Tavares (?)

Jorge Moniz às 18:19 |