(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



e-mail

This page is powered by Blogger.

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com















terça-feira, novembro 16, 2004


Árvores de Natal
Eu e a minha irmã tínhamos o hábito (além de cuscar os presentes, espalmando o papel e tentando ler à transparência) de, assim que montávamos a árvore de Natal, apagar as luzes da sala, fugir para o hall e ficar a ver ao longe a sala a ser iluminada pelas cores das luzes a piscar. Era quase hipnotizante.
Quando vieram aquelas luzinhas que têm uma caixa de música e piscam ao ritmo de cada canção de Natal, baixávamos o volume e tentávamos adivinhar a música pelo acender e apagar das lâmpadas.

Isto para explicar que agora com esta árvore aqui pendurada eu fico parado a olhar as luzes a piscar e não me ocorre nada para escrever, a não ser estas banalidades.

Jorge Moniz às 11:03 |