(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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sexta-feira, dezembro 17, 2004


Código Postal
Lembrei-me agora daquelas mudanças à americana, em que uma casa inteira de madeira (porque os lobos afinal não têm fôlego para mandar aquilo tudo pelos ares) é transportada de uma morada para outra em cima de um atrelado de camião. Recheio incluído e muito devagar para os pratos não caírem dos escaparates.
Foi mais ou menos assim.

(será que os vizinhos são os mesmos?)

Jorge Moniz às 00:12 |