sábado, dezembro 25, 2004
Era uma vez um rei que era dentista.
Fora este facto não havia nada de particularmente relevante nele. Tinha meia-idade, barba preta onde já apareciam alguns pelos brancos, era afável com a corte e os súbditos, governava com justeza, tinha uma rainha e dois príncipes, usava coroa e manto nas cerimónias e sentava-se num trono.
Mas era dentista.
Ninguém sabia a razão para tal. Se era para se aproximar do povo, se tinha um gosto especial naquele ofício, se era para matar o tempo.
Era rei e era dentista.
E o dentista ficava sentado na cadeira reclinável e os pacientes ficavam de pé a serem tratados.
Jorge Moniz às 20:13 |
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