(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



e-mail

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segunda-feira, janeiro 31, 2005


Dilema do dia

E se colarmos a torrada pelo lado sem manteiga às costas do gato?

Jorge Moniz às 19:39 |



quinta-feira, janeiro 27, 2005



Lembro-me bem. Foi quando disseste "preciso de ti". Provavelmente pensavas assim, num último esforço, segurar-me. O efeito foi o oposto. Precisar de alguém é o motivo errado para se estar com essa pessoa. É egoísta. É querer alguém pelo que faz por ti, por te ajudar, ser ombro e não pelo prazer do juntos, pela partilha. Não chegaste a perceber que o que eu queria era duas pessoas que sabem ser independentes, mas que optam por estar juntas, não por precisarem um do outro, mas por quererem. Ou se percebeste foi tarde demais.

Jorge Moniz às 14:40 |



quarta-feira, janeiro 26, 2005




Pois os líderes foram convidados pelo sapo a meterem-se nisto e só o Francisco Louçã recusou:

José Sócrates
Santana Lopes
Jerónimo de Sousa
Paulo Portas

(duvido que eles tenham tempo para andarem aí na net sentadinhos o dia todo - há jantares-comício e hérnias mais importantes)

Mas há mais:

António José Seguro
Mogais Sagmento
Helena Lopes da Costa

[a Patrícia queixou-se de eu só falar de um. espero que já cheguem ;-) ]

Jorge Moniz às 19:38 |




Hã?!?!?!?!?!

Jorge Moniz às 11:26 |



terça-feira, janeiro 25, 2005


And the nominees are...

Melhor Filme:
"O Aviador"
"À Procura da Terra do Nunca"
"Million Dollar Baby"
"Ray"
"Sideways"

Melhor Realizador:
Martin Scorcese - "O Aviador"
Clint Eastwood - "Million Dollar Baby"
Taylor Hackford - "Ray"
Alexander Payne - "Sideways"
Mike Leigh - "Vera Drake"

Melhor Argumento Original:
"O Aviador"
"O Despertar da Mente"
"Hotel Rwanda"
"The Incredibles - Os Superheróis"
"Vera Drake"

Melhor Argumento Adaptado:
"Antes do Anoitecer"
"À Procura da Terra do Nunca"
"Million Dollar Baby"
"Os diários de Che Guevara"
"Sideways"

Melhor Actor Principal:
Johhny Depp
Leonardo diCaprio
Jamie Foxx
Clint Eastwood
Don Cheadle

Melhor Actriz Principal:
Annette Bening
Catalina Sandino Moreno
Imelda Saunton
Hilary Swank
Kate Winslet

Melhor Actor Secundário:
Alan Alda
Thomas Haden Chruch
Jamie Foxx
Morgan Freeman
Clive Owen

Melhor Actriz Secundária:
Cate Blanchett
Laura Linney
Virgínia Madsen
Sophie Okonedo
Natalie Portman

Melhor Filme Estrangeiro:
"As it is in heaven"
"Os Coristas"
"Mar Adentro"
"Downfall"
"Yesterday"

Melhor Filme de Animação:
"The Incredibles - Os Superheróis"
"O Gang dos Turbarões"
"Shrek 2"

Melhor Fotografia:
"O Aviador"
"O Segredo dos Punhais Voadores"
"A Paixão de Cristo"
"O Fantasma da Ópera"
"Um Longo Domingo de Noivado"

Melhor Direcção Artística:
"O Aviador"
"À Procura da Terra do Nunca"
"Lemony Snicket - Uma Série de Desgraças"
"O Fantasma da Ópera"
"Um Longo Domingo de Noivado"

Melhor Montagem:
"O Aviador"
"Colateral"
"À Procura da Terra do Nunca"
"Million Dollar Baby"
"Ray"

Melhor Guarda-Roupa:
"O Aviador"
"À Procura da Terra do Nunca"
"Lemony Snicket - Uma Série de Desgraças"
"Ray"
"Tróia"

Melhor Caracterização:
"Lemony Snicket - Uma Série de Desgraças"
"A Paixão de Cristo"
"Mar Adentro"

Melhores Efeitos Especiais:
"Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban"
"Eu, Robot"
"Homem-Aranha 2"

Melhor Mistura de Som:
"O Aviador"
"Polar Express"
"Ray"
"Homem-Aranha 2"
"The Incredibles - Os Superheróis"

Melhor Edição de Som:
"The Incredibles - Os Superheróis"
"Polar Express"
"Homem-Aranha 2"

Melhor Banda Sonora:
"À Procura da Terra do Nunca"
"Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban"
"Paixão de Cristo"
"A Vila"
"Lemony Snicket - Uma Série de Desgraças"

Melhor Canção:
"Accidentally in Love" - Shrek 2"
"Al Otro Lado del Rio" - "Os Diários de Che Guevara"
"Relieve" - "The Polar Express"
"Learn to be Lonely" - "O Fantasma da Ópera"
"Vois Sur ton Chemin" - "Os Coristas"

Melhor Documentário:
"Born in to brothels"
"A História do Camelo que Chora"
"Super Size Me - 30 Dias de Fast Food"
"Tupac: Resurrection"
"Twist of Faith"

Melhor Curta-Metragem Documental:
"Autism is a Word"
"The Children of Leningradinsky"
"Hardwood"
"Mighty Times: The Children´s March"
"Sister Rose´s Passion"

Melhor Curta-Metragem de Animação:
"Birthday Boy"
"Gopher Broke"
"Guard Dog"
"Lorenzo"
"Ryan"

Melhor Curta-Metragem:
"Everything in this country must"
"Little terrorist"
"7:35 in the morning"
"Two cars one night"
"Wasp"

("roubado" ao Público)

Jorge Moniz às 16:41 |




Neste momento já tenho para ler pdf's nas módicas quantias de 124 páginas da CDU, 112 do Bloco, 164 do PS e 125 do PSD. Ou talvez não.

(está-me a fazer falta é o Ensaio sobre a Lucidez...)

Jorge Moniz às 16:19 |




Ora como um mordomo sério e decente se preocupa naturalmente com o estado de saúde da sua Senhora, há casos em que lhe recomenda um pouco de:



misturado com:



(como é óbvio, o mordomo não sabe os nomes destas coisas, ficará à espera que a Senhora lhos ensine)

Jorge Moniz às 15:48 |



sábado, janeiro 22, 2005



Quando há quase dois anos me meti nisto dos blogs estava longe de imaginar uma coisa destas.

(cheira-me que aquelas caixas de comentários ainda vão ser retiradas quando ficarem como as do Expresso...)

PS: Curioso - José Sócrates postou precisamente à mesma hora em que estava a falar em directo na televisão...

Jorge Moniz às 18:50 |



sexta-feira, janeiro 21, 2005



Foi há cerca de um ano. O senhor, aparentando frieza nos modos e reserva no trato, começou por deixar um pequeno recado, como os classificados de jornal:

"mordomo. procura nova patroa. carta de condução para jaguares. serviço de qualidade. trabalho esmerado. algodão não engana. trata XX XXX XXX"
(número de telefone rasurado a pedido da pessoa em causa, para evitar contra-propostas tentadoras)

Contactado por várias interessadas, devido à raridade no mercado de alguém com as suas competências, foi desenvolvendo contactos mais estreitos e enviando CV's a uma delas. A certa altura a entrevista telefónica foi importante, de modo averiguar possíveis dificuldades. Não as houve e procedeu-se então à entrevista pessoal, bom dia o meu nome é Ambrósio, bom dia o meu nome é Senhora.

Ambos concordaram poder nascer ali uma interessante colaboração profissional e foi assinado um extenso e exigente contrato de prestação de serviços. Hoje o trabalho vai seguindo com normalidade, o mordomo aspira, faz o jantar, vai buscar as crianças e, como é pessoa inculta, todos os dias a Senhora lhe ensina uma palavra nova. Hoje foi "carrapeta".

Jorge Moniz às 12:51 |



Para que se tomem decisões conscientes e bem fundamentadas...
... são estas as opções que os eleitores do distrito de Lisboa terão (em outros círculos eleitorais haverá mais ou menos um ou outro partido e aparecerão nos boletins por outra ordem):

Partido da Nova Democracia
Partido Social Democrata - programa
Partido Democrático do Atlântico
Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses - programa
Partido Socialista - programa
Partido Operário de Unidade Socialista
Bloco de Esquerda - programa
Partido Popular
Partido Nacional Renovador
Partido Humanista
Coligação Democrática Unitária - programa
branco

(post a ser actualizado à medida que apareçam mais programas on-line)

Jorge Moniz às 11:21 |



Ao menos o PP "seguiu" a minha sugestão
É muito mais interessante e importante saber quem são os possíveis ministros do que os 230 deputados.

(a questão é que o PP só faz isto porque sabe que nunca poderia sair vencedor das eleições. é a mesma razão pela qual o PS e o PSD infelizmente não o farão.)

Jorge Moniz às 00:18 |



quinta-feira, janeiro 20, 2005


Coisas boas da vida
O cheiro das torradas.

Jorge Moniz às 19:11 |



quarta-feira, janeiro 19, 2005



Está a começar neste momento na 2: a 3ª série do 24, em que o mau da fita é o Joaquim de Almeida (um mexicano chamado Salazar!).

(chamem-me provinciano, pronto!)

Jorge Moniz às 22:35 |




A quem procura dar sentido à vida, estes senhores já se debruçaram sobre o assunto. E a resposta é que não faz sentido.
(em inglês, nonsense)

Jorge Moniz às 22:18 |



Qualquer dia...
... já não temos autarcas.

(não houve alguém há uns tempos a falar de moedas boas e más e isso...?)

Jorge Moniz às 20:03 |




Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.


Eugénio de Andrade

Jorge Moniz às 11:39 |



segunda-feira, janeiro 17, 2005



Luzes desligadas, braços enrolados, almofadas desalinhadas, corpos em lados trocados, cobertores desviados, mãos encaixadas, edredons puxados, pernas enroscadas, sons apagados, respirações demoradas.
Alarmes teimosos em telemóveis demasiado luminosos.

Jorge Moniz às 20:50 |



sexta-feira, janeiro 14, 2005


Grrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!!
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Jorge Moniz às 17:12 |



A mãe é imortal
A mãe é invencível. A mãe resolve todos os problemas, cura todas as doenças. A mãe faz passar as dores. A qualquer hora do dia ou da noite, no quarto ao lado ou a milhares de quilómetros de distância, a mãe tem sempre a resposta a qualquer pergunta. A mãe sabe tudo. A mãe cozinha melhor do que ninguém e quando os filhos saem de casa, a mãe faz sopa para eles levarem. A mãe nunca fica doente - os filhos é que ficam. E quando, por acaso, talvez fique doente, é passageiro e vai já ficar boa. Porque a mãe é invencível. E imortal.

Jorge Moniz às 13:59 |



Provérbio do dia
Mais depressa se apanha um mentiroso que um ladrão.

Jorge Moniz às 13:58 |




O conforto de saber mais do que se mostra é como aquele cartoon em que um grupo de soldados está escondido num penhasco a apontar para o inimigo no vale em baixo, quando de repente ouvem um click acima deles.

Jorge Moniz às 11:25 |




É hoje!

(e dá para ver em directo aqui)

Jorge Moniz às 10:45 |



quinta-feira, janeiro 13, 2005


...
Em segredo, dizes-me coisas que nunca ouvi. Com um sussurro que imagino, um olhar que espreito. Ousada, pedes-me que escreva aqui sobre ti. Porque ninguém poderá saber se existes mesmo ou te inventei. E ris-te a seguir. Em imagens quase em movimento, quase paradas, ali no canto superior direito. É o teu riso que me traz aqui, é a tua ousadia que me faz sorrir.
És diferente.

Jorge Moniz às 10:53 |



quarta-feira, janeiro 12, 2005





Atrás do que não sei, em busca do que não quero, encontrei-te aqui.
(foi comodismo)
Sonhámos em silêncio, corremos devagar, descansámos em braços.
(de olhos fechados)
O tempo cobriu-nos, a idade levou-nos, sentámo-nos à sombra.
(estava frio)
Toquei-te a pele, abri os olhos, voltámos aqui.
(tanto tempo depois)
Remei para longe, sequei-te as lágrimas, sacudi o barco.
(com força)

[nadámos em frente]

Jorge Moniz às 13:53 |



terça-feira, janeiro 11, 2005


Pôr-do-Sol ou Nascer-do-Sol



   

   

Jorge Moniz às 19:05 |



Perdidos e achados

- Lenço de papel usado;
- Floco de neve;
- Papel de floco de neve;
- Pin do Jardim Zoológico;
- Papel de pastilha elástica;
- Carro telecomandado;
- Talão da EMEL;
- Papel de publicidade a um professor tipo o Karamba mas com outro nome;
- Migalhas avulsas.

Jorge Moniz às 17:32 |



sexta-feira, janeiro 07, 2005


Sequência em crescendo

Sonhar com outra pessoa a dormir
Sonhar com outra pessoa acordado
Escrever-se com outra pessoa
Falar ao telefone com outra pessoa
Encontrar-se com outra pessoa sem contacto físico
Encontrar-se com outra pessoa com contacto físico

Obviamente que a pergunta "onde começa a infidelidade?" não faz sentido, porque a bitola é o que se sente em cada um dos casos. Só que isso é impossível de verificar e é a razão pela qual, quando estreou o Eyes Wide Shut, os casais saíam das salas de cinema caladinhos que nem dois ratos.

Jorge Moniz às 13:54 |



quinta-feira, janeiro 06, 2005


Uma coisa que me irrita...
... é de cada vez que alguém faz algo de não positivo dizer-se logo "os portugueses são isto e aquilo"! Por que razão se restringem os defeitos das pessoas às fronteiras de um país? Por que não dizer "os europeus são mesmo isto e aquilo"? Ou os lisboetas? Ou os beirões?
É que a maior parte das pessoas que falam assim, aposto que nunca moraram e acompanharam as notícias e a vida de outros países. Sabem lá o que se passa com os outros!

Jorge Moniz às 22:29 |



Este é o...
... Ano Inesiano.

Jorge Moniz às 19:35 |



A Evolução do Homem ou o Outsorcing Individual

Os animais, de uma maneira geral, fazem cada um as suas tarefas: cada um trata da sua higiene, da sua comida, da sua protecção, do seu abrigo, etc. Quando não é o próprio é algum outro, digamos, do núcleo familiar.

O Homem também começou por ser assim: cada um pescava ou caçava a sua comida, fazia as suas roupas, a sua casa, eventualmente pedia a outro para lhe dar com um um pedaço de sílex na boca quando lhe doía um dente.

Depois, pouco a pouco, cada indivíduo foi-se especializando: um tinha mais jeito para a pesca, outro para a agricultura, outro para a tecelagem. E estes começaram a prestar esses serviços aos outros que tinham menos jeito ou tempo. E assim surgiu o comércio, inicialmente em troca directa, aparecendo mais tarde o dinheiro. Foi uma espécie de outsorcing de tarefas pessoais.

Primeiro passámos a pedir aos outros produtos e serviços personalizados. Hoje em dia, já os adquirimos generalizados:

- Já ninguém faz a sua roupa (tirando a nova re-moda de tricotar), quase não há alfaiates e costureiras e toda a gente compra a roupa já feita em lojas que até há pouco tempo se chamavam precisamente pronto-a-vestir, mas no futuro serão conhecidas por Zaras.
- Já ninguém faz a sua casa, poucos a mandam fazer, a maioria compra já feita e igual às dos vizinhos.

Exceptuando o facto de cada vez menos o indivíduo ser individual, não há grande mal nisto.

A coisa é diferente quando falamos da alimentação. Graças aos empregos de hoje em dia e à vida em cidade, muita gente almoça em pequenos restaurantes e, pior, ao jantar não tem tempo para cozinhar e põe um congelado qualquer no micro-ondas. Mesmo os doces, cada vez menos são feitos em casa, preferindo-se os comprados em embalagens de várias camadas.

Como será daqui a umas décadas ou séculos? Ainda teremos cozinhas nas nossas casas ou terão tido o mesmo destino que a máquina de costura?

É aqui que começa a haver um problema: todos aqueles aditivos (uns mais indispensáveis do que outros) nos produtos alimentares embalados são inofensivos em pequenas quantidades, mas começam a fazer efeito se a nossa alimentação se basear quase exclusivamente nesses alimentos. Será que o nosso organismo saberá adaptar-se a essas alterações?

Jorge Moniz às 19:00 |



quarta-feira, janeiro 05, 2005


A propósito das listas de candidatos a deputados que por aí andam

O facto de este psd-governo continuar a dar tiros nos pés, a ser oposição a si próprio e a inventar novas definições de ridículo, leva a que o PS não tenha de fazer um programa decente, nem escolher as melhores pessoas para ganhar as eleições. E isso é perigoso.

Já agora, por que razão é que não se vota para um governo? Já com os ministros propostos?
É que às listas de deputados ninguém liga. 99% das pessoas que vão votar não saberão dizer os nomes dos cabeças de lista pelo seu círculo eleitoral.
Era muito mais simpático e consequente termos uma lista de nomes para escolhermos os ministros, cuja selecção é muito mais importante do que a dos deputados.

Jorge Moniz às 17:53 |



Para que servem os minutos de silêncio...
... senão para nos congratularmos todos uns aos outros, somos tão boas pessoas, blá blá blá?
Se é para fazer algo de útil, favor consultar o post abaixo.
Se é para pensarmos no que aconteceu, cada um é capaz de o fazer individualmente, sem televisões a filmar.

Jorge Moniz às 12:03 |



Donativos e afins

Não é fácil escolher a melhor forma de contribuir. Em dinheiro ou em géneros? E para que ONG?

Quanto à primeira questão já se viu que os donativos monetários são muito melhores: há a questão da logística do transporte, os seus custos e os do desalfandegamento e o tempo envolvido em todo este processo. Aquela ideia da Lousã foi muito bem intencionada, mas ainda não arranjaram avião e quem o pague. Falando simples, é mais fácil comprar as coisas por lá.

Quanto às ONG's, têm-me chegado aos ouvidos comentários de irregularidades e desonestidades no funcionamento de algumas delas. Não vou aqui explicitar quais, porque se em qualquer grupo de pessoas é possível aparecer uma ou outra menos honesta, também é conhecida aquela tendência de alguns para pôr defeitos no mérito dos outros só porque "não são nada a mais do que eu". Por isso não excluo ninguém com base nestes boatos com maior ou menor veracidade.

Há então que saber o que cada organismo lá vai fazer.

A AMI é uma organização portuguesa que já gastou cerca de 200 000 euros no arranque da sua missão de 8 pessoas no Sri Lanka, mas precisa de mais para ficar por lá cerca de 6 meses. Até ao dia 3 já tinham recebido 478 000 euros nas suas contas de emergência.

A Cáritas Portuguesa recolheu até esta segunda-feira 800 000 euros, dos quais 25 000 foram gastos com 7 000 toneladas de medicamentos enviados para o Sri Lanka, 15 000 para participar nos custos do avião e 100 000 entregues à Caritas Internationalis (no seu site não está indicado o que pensam fazer com os 660 000 euros restantes).

A Cruz Vermelha pretende angariar por todo o mundo cerca de 5 milhões de euros para ajudar 500 000 pessoas durante 6 meses.

Os Médicos do Mundo têm 34 profissionais de Portugal, Espanha, França, Grécia e Chipre no Sri Lanka e na Indonésia (no seu site não indicam os valores recebidos e utilizados até à data).

A UNICEF fez um apelo inicial de 81 milhões de dólares para apoiar as crianças afectadas, que se estimam em milhão e meio.

Penso que haja depois outras contas de bancos, órgãos de comunicação social, etc. que vão desembocar numa ou mais das ONG's indicadas em cima. O mesmo acontece com a iniciativa da TMN que já conseguiu 113 000 euros para a AMI, Cruz Vermelha e Médicos do Mundo.

Há depois a história curiosa dos Médicos sem Fronteiras que recusam mais dinheiro, uma vez que já receberam 40 milhões de euros de donativos, o que é mais do que suficiente para o seu programa de cuidados estritamente médicos no Sri Lanka e na Indonésia.

E também a do Michael Schumacher que sozinho doou 7,5 milhões de euros.

Voltando a Portugal, temos ainda várias empresas que fizeram doações monetárias e em géneros, facto que eu estranhei, até me lembrar que estávamos nos últimos dias do ano. Não pondo em causa a vontade de ajudar, para uma empresa não podia ter calhado em melhor altura para se libertarem do IRC sobre alguns dos lucros.

Contudo, no global, é preciso não esquecer que a maior parte da ajuda vem dos próprios Governos dos países.
O Japão já deu 500 milhões de dólares, a União Europeia 436 e os Estados Unidos 350 (depois dos caricatos 15 milhões iniciais).
Juntando tudo já vamos nos 3 mil milhões de dólares.

Ora pensando neste facto de a maior parte do dinheiro sair do bolso dos Governos, ocorreu-me uma forma de ajuda mais honesta, se bem que menos imediata, que muita gente poderia experimentar: que tal se todos os advogados, médicos, engenheiros, outros profissionais liberais e empresas passassem todos os recibos, aplicassem todos os lucros que não queiram reinvestir na forma de dividendos em vez de comprarem bens de uso particular e pagassem todos os impostos devidos?

Jorge Moniz às 00:42 |



terça-feira, janeiro 04, 2005


A prova definitiva de que a astrologia é uma treta...
... é que acabo de descobrir que o Fernando Alvim nasceu com dois dias de diferença de mim.

Jorge Moniz às 19:25 |



Segundo as estatísticas do INE...
... há 375,9 milhares de portugueses que não têm cunhas.

Jorge Moniz às 12:19 |