(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quinta-feira, janeiro 13, 2005


...
Em segredo, dizes-me coisas que nunca ouvi. Com um sussurro que imagino, um olhar que espreito. Ousada, pedes-me que escreva aqui sobre ti. Porque ninguém poderá saber se existes mesmo ou te inventei. E ris-te a seguir. Em imagens quase em movimento, quase paradas, ali no canto superior direito. É o teu riso que me traz aqui, é a tua ousadia que me faz sorrir.
És diferente.

Jorge Moniz às 10:53 |