(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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sexta-feira, janeiro 14, 2005


A mãe é imortal
A mãe é invencível. A mãe resolve todos os problemas, cura todas as doenças. A mãe faz passar as dores. A qualquer hora do dia ou da noite, no quarto ao lado ou a milhares de quilómetros de distância, a mãe tem sempre a resposta a qualquer pergunta. A mãe sabe tudo. A mãe cozinha melhor do que ninguém e quando os filhos saem de casa, a mãe faz sopa para eles levarem. A mãe nunca fica doente - os filhos é que ficam. E quando, por acaso, talvez fique doente, é passageiro e vai já ficar boa. Porque a mãe é invencível. E imortal.

Jorge Moniz às 13:59 |