(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



e-mail

This page is powered by Blogger.

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com















terça-feira, fevereiro 01, 2005


2
Dois anos a morder.
À falta de inspiração fui espreitar o que escrevi no dia do primeiro aniversário e continua a fazer sentido:

"Pelo caminho isto mudou de nome e de aspecto gráfico umas quantas vezes. Hoje gosto como está, mas não sei o que direi amanhã.
Pelo caminho fui alargando o tipo de coisas que aqui deixo. Num dia uma linha, no outro trinta e no outro nenhuma. Num dia cito, no outro invento e no outro penso.
Pelo caminho fui perdendo alguns leitores que conheço, conhecendo alguns que ganhei e ganhando alguns que não conheço. É assim, sem juízos.
E agora chega de olhar para trás, venha o resto, seja lá o que for."

Jorge Moniz às 18:43 |