(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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quinta-feira, fevereiro 24, 2005



Eu, ingenuamente, pensei que com a ida do Durão Barroso para Presidente da Comissão Europeia, finalmente os órgãos de comunicação social portugueses passavam a dar mais atenção aos assuntos europeus, para ver se deixamos de falar em "eles" quando somos todos "nós".
Ora anda aí uma polémica entre a Itália e a Comissão Europeia, da qual ainda não vi uma palavra em Portugal. É que finalmente lá avançaram com a redução das línguas oficiais europeias. Com o alargamento já eram 20 e era uma tarefa monstra andar todos os dias a traduzir tudo o que é dito numa das 20 línguas para as outras todas. Calculando as combinações vê-se a montanha de diferentes tradutores necessários.
Vai daí e resolveram que nas conferências de imprensa só há tradução simultânea para o Inglês, o Francês e o Alemão. E os italianos levantaram-se em peso, queixando-se de discriminação, que estão a relegá-los à segunda divisão, pedidos de explicações a Durão Barroso, etc. Os eurodeputados italianos até vão fazer greve na próxima semana.

clique aqui para saber mais (em italiano)

Jorge Moniz às 21:24 |