(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quarta-feira, fevereiro 02, 2005


Rádio matinal I
Ontem José Sócrates deu uma entrevista na RTP. Foram abordados vários temas, até se tentou desvendar um pouco sobre a orgânica de um futuro governo PS.

Hoje nas notícias da rádio (às 7 na TSF e às 8 na Antena 1) a entrevista teve direito a vários minutos sobre a parte dos boatos, colos, insinuações, respostas e contra-respostas, quem está mais ofendido, etc. A TSF ainda acrescentou a parte de José Sócrates concordar com a cobrança das dívidas dos clubes. Agora do resto, nada.

Assim como foi com Sócrates costuma ser com os outros. À noite há um comício de um partido e o que vai para as rádios e televisões raramente são as partes de projectos e promessas, é quase só a troca de acusações e queixumes entre dois ou mais partidos.

Quando as pessoas se queixam de que os políticos falam, falam e não dizem nada de útil, convinha talvez ir beber à fonte, já que o cântaro parte-se pelo caminho e perde muita água.

Jorge Moniz às 11:06 |