(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



e-mail

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quarta-feira, março 30, 2005


Nem de propósito, logo hoje, acordei com esta:

"I may as well go home,
As I did on my own,
Alone again, naturally
"

Gilbert O'Sullivan

Jorge Moniz às 12:00 |



quinta-feira, março 24, 2005



pim

Jorge Moniz às 12:00 |



quarta-feira, março 23, 2005


Coletes retrorreflectores
Como o google anda a mandar muita gente para aqui à procura de informações sobre os tais dos coletes, sai mais uma posta de serviço público:
Sim, o Código da Estrada vai entrar em vigor dia 26, as regulamentações parece que já foram feitas, mas há medidas (adivinhem quais) que só vão entrar em vigor daqui a 3 meses.
Mais informações a divulgar esta tarde pela DGV.

(já agora: estou para ver quantos putos de 10 e 11 anos irão para o ciclo preparatório no banco de trás do carro dos pais, com o cinto posto e em cima de uma cadeirinha ou banco especial)

Jorge Moniz às 10:34 |



terça-feira, março 22, 2005


Pergunta do dia
Como raio é que pelos de cão chegam até ao tecto?

Jorge Moniz às 23:36 |



quinta-feira, março 17, 2005


Excertos de e-mail recebido da Noruega:
"uma coisa curiosa é que come toda a gente na mesma mesa, é uma mesa enorme comprida e toda a gente sem excepção, o presidente da empresa, directores, o pessoal das obras, tudo à molhada. E cada um arranja o seu almoço. É engraçado ver um tratamento equalitário para toda a gente. Espantoso. Ainda hoje tava a tirar o meu cafezinho com leite de manhã e apareceu por lá o Presidente da empresa e o marmelo deixa cair uma chavena no chão e lá teve ele de pegar na pá e na vassoura e limpar o chão. No fim do almoço cada um limpa a sua parte da mesa e arruma a cadeira. No fim do almoço a sala fica sempre toda limpinha e arrumada. Não há cá empresas de limpeza para andar sempre a limpar."

"Note-se que aqui nunca se houve ninguem conversar com ninguem, salvo rarissimas excepões. Os gajos enfiam as fuças no trabalho e não há mais conversa."

Adenda: como será na Noruega a utilização do msn e dos blogs em horário de expediente...?

Jorge Moniz às 23:22 |



Check list
Revista, toalha, água, havaianas, bermudas, t-shirt, protector.

Jorge Moniz às 13:47 |



H2O

Consumo anual de água em Portugal:
7 km3

dos quais:
6 km3 na agricultura,
0,6 km3 em consumo doméstico,
0,4 km3 em consumo industrial.

Capacidade de acumulação de água superficial em barragens:
12 km3

Volume estimado de águas subterrâneas:
50 a 100 km3

Jorge Moniz às 12:59 |



quarta-feira, março 16, 2005


Adeus
Eras tímida. Muito tímida. Passavas o tempo fechada em casa, o teu ninho. Quando saías, era a correr para não seres vista. A meio da noite para não seres vista. Ias buscar alguma coisa para comer ou tratar de qualquer outra necessidade. Fazias o que tinhas a fazer rapidamente e voltavas a correr para casa. Às vezes até te atrapalhavas com a comida pelo caminho, tal era a pressa. Tentámos que te habituasses à nossa companhia, mas é verdade que não nos esforçámos muito, sabes como é, a vida hoje em dia, sempre sem parar. Agora pensamos se algo poderia ter sido diferente. Mas não sabemos. Não sabemos por que é que naquele dia saíste de casa e não conseguiste voltar. Não sabemos se somos responsáveis. Não sabemos sequer se te poderíamos ter ajudado a subir até ao teu ninho.

Jorge Moniz às 22:38 |



Atenção católicos!
Cuidado com o que andam a ler.

Jorge Moniz às 18:23 |



IRS com sotaque
Se eu começasse aqui a falar da incompetência dos cobradores de impostos franceses, saía o post mais longo da história deste blog.
Faz hoje um ano e uma semana que me vim embora e ainda não pararam de me chatear com erros, equívocos, mal-entendidos, mentiras e incompetência no geral.

(eu sei que não posso generalizar, mas não é isso que costumamos fazer quando se trata de coisas passadas em Portugal?)

Jorge Moniz às 14:27 |



Aviso: post semi-brejeiro
Nos telejornais mais uma peça sobre a seca e os seus efeitos. Um criador de bovinos fala nas dificuldades já conhecidas de falta de pasto e de água para a alimentação. Depois apresenta algo de que eu ainda não tinha ouvido falar: a diminuição da natalidade:
"Algumas destas vacas não vão ser cobertas devido a deficiência corporal."

errrrr..... São elas que não se aguentam nas pernas ou são os bois que não gostam de anoréticas?

Jorge Moniz às 14:15 |



segunda-feira, março 14, 2005


Pseudo-piada pseudo-machista
O msn é mais do que uma permanente no cabeleireiro: é o cabeleireiro permanente.

Jorge Moniz às 18:13 |



Cepticismo mina
Em tudo na vida. Seja nas relações profissionais, sociais, pessoais, ou entre entidades não individuais.
O exemplo mais óbvio é a bolsa de valores que vive muito da confiança. Além dos dados concretos e objectivos, a atitude com que se olha para um projecto, uma situação pode ser determinante. O cepticismo mina. A confiança catalisa.
Enquanto uns alimentam o processo, com fé, outros perdem-se, rodando em auto-avaliações que só podem causar tonturas.

Duas pessoas caminham em cima de um muro. Uma olha em frente, outra olha constantemente para os próprios pés, medindo cada passo com medo de falhar e cair. Qual dos dois tem mais hipóteses?

Jorge Moniz às 15:29 |



...
Nas outras casas as pessoas acordavam ao som de um galo na vizinhança. Naquela não. Pombos. Eram os pombos que se encarregavam da tarefa, infelizmente sem formação prévia que os permitisse distinguir o sábado e o domingo dos outros dias da semana.
Com a primeira claridade do dia
(nem era preciso já haver sol)
, voavam juntos para o beiral
(essa era outra diferença: em vez de um só galo, havia vários pombos)
e começava o barulho.
Em manhãs mais irritadas, ela
(a que dormia no quarto com a janela com o beiral com os pombos)
levantava-se irada e abria as janelas com força. Eles competentemente assustavam-se, fugiam e voltavam passados uns minutos. Com sorte, ela já tinha voltado a adormecer por essa altura.

Certa manhã, daquelas de fim-de-semana em que ela
(aquela que dormia no quarto com a janela com o beiral com os pombos)
acordou irritada com o barulho dos pombos, resolveu fazer arrumações em casa. E foi assim que descobriu uma velha flor de papel
(em tons laranjas e vermelhos)
que sempre estivera no seu quarto de menina em casa dos pais. Nunca lhe tinha atribuído grande importância, mas agora fazia-lhe lembrar as flores de papel que as pessoas de uma aldeia ali perto
(perdida na serra)
faziam.
E então, nessa tarde mesmo, foi lá. Perguntando de porta em porta quem teria feito aquela flor de papel em particular
(com tons laranjas e vermelhos)
conseguiu chegar à casa de um velho senhor, que ao vê-las as reconheceu com um largo sorriso.
(embora ela não se lembrasse de alguma vez o ter visto)
Contou-lhe ele que o pai dela em todas as ocasiões especiais oferecia uma flor à mãe dela. Sempre flores verdadeiras. E assim também deveria ter sido no dia do nascimento da primeira e única filha. Só que aconteceu que o parto foi prematuro e em dia de forte temporal. Naquele tempo e naquelas condições, era impossível sair daquela casa e ir mais longe do que à aldeia onde as pessoas faziam flores de papel.

A flor de papel agora está sempre bem visível ao lado da janela e pode precisar de ser repintada ou passada a ferro, mas nunca vai morrer.


(às vezes também havia dois cães junto à mercearia do rés-de-chão que entravam em aceso diálogo e a acordavam)

Jorge Moniz às 13:04 |



domingo, março 13, 2005


apontapé
A correr, a andar, de patins, de trotineta, de bicicleta, de cadeira de rodas, com o carrinho do bebé, com o cão, com o gato, com o piriquito, com o filho às costas, com o Presidente, com o Primeiro Ministro, com o rádio de pilhas à cintura, com o iPod no ombro, de calções, de calças, de body, de carrinho de supermercado cheio de grades de cerveja, com bandeiras, com cartazes, com cãibras e bolhas e sede e fome.

Jorge Moniz às 14:11 |



sábado, março 12, 2005


Afinal...
... sempre vai.
E assim temos com a camisola número 1 o senhor Presidente e com a camisola número 2 o senhor Primeiro Ministro.
Vamos ver quem chega primeiro.

Jorge Moniz às 16:59 |



sexta-feira, março 11, 2005


Lição do dia
A infidelidade feminina aumenta à medida que se aproxima o meio do ciclo menstrual.
Instinto de sobrevivência da espécie oblige.

Jorge Moniz às 18:10 |



terça-feira, março 08, 2005


Post redundante (se bem que pretensioso)


Jorge Moniz às 14:59 |



Desta vez vai ser a abrir

You got me writing lyrics on postcards
Then in the evening looking at stars
But the brightest of the planets is Mars
Then what has happened to love


Rufus Wainwright

Jorge Moniz às 12:44 |




Esta manhã a cada vez mais periclitante pilha-encostada-a-fileira-de-livros-e-afins, que adorna a mesa ao lado da cama, finalmente cedeu.
Eu tenho andado para lhes dar (aos livros) a boa notícia de que estão a dias de ter um poiso novo, na forma de uma estante mais adequada. Mas hesito quanto à forma: como é que se fala a um livro? Em voz baixa e com luz difusa? Escrevendo um post-it, colando-o na folha de rosto e fechando gentilmente o livro? Ou apenas tocando a capa com a ponta dos dedos?
Mas afinal talvez não seja preciso fazer nada para eles perceberem - pelos vistos já se começam a inquietar e a atropelar na ânsia de conseguirem o melhor lugar na nova estante.

Jorge Moniz às 12:18 |



segunda-feira, março 07, 2005



Um romance lê-se de seguida.
Um livro de contos lê-se pausadamente - um conto de cada vez.
Um livro de poesia lê-se como a lista telefónica - de vez em quando e fora da ordem.

Jorge Moniz às 19:06 |



José Sócrates não renega o seu passado de PSD e faz-lhes a vontade


Jorge Moniz às 14:47 |



Por outras palavras:
O menino Paulinho pode ser ministro de um ex-maoísta, mas o menino Dioguinho já não pode ser ministro de um ex-PSD.

Jorge Moniz às 13:52 |




Um convertido e um traidor são a mesma coisa. A diferença está no observador.

Jorge Moniz às 12:55 |



sexta-feira, março 04, 2005


Yesss!
Confesso, fui eu que lhe pedi.

Jorge Moniz às 18:19 |



Bom...
... enquanto o site que fornece as notícias do Público está em baixo, vamos ficando com as da BBC...

Jorge Moniz às 11:50 |




Começo a acreditar naquela história de os cartuchos da HP virem com uma data de validade embutida que faz um chip fechar os canais de impressão e acreditarmos que a tinta chegou ao fim. É que aqui na impressora ao lado eles voam que é um espanto...

Jorge Moniz às 10:55 |



No fórum TSF desta manhã mais uma pérola

"Acha que as nossas pontes são seguras? Queremos ouvir a sua opinião."

Aguardo com curiosidade as profissões dos ouvintes que vão ligar. Quantos serão Engenheiros Civis e outros técnicos que já tenham inspeccionado pontes, ou façam parte de empresas de contrução de obras de arte ou organismos da área?

Jorge Moniz às 10:20 |



quinta-feira, março 03, 2005


Novidades...
... a pensar nas almas caridosas que passam por aqui mesmo quando eu estou dias a fio sem escrever uma palavra.
Para que não fiquem sem nada para ler, podem-se entreter aqui à esquerda com as últimas 5 notícias do Público. Actualizadas de 5 em 5 minutos.

Jorge Moniz às 23:19 |



Por motivos estritamente pessoais...
... está-me a irritar a data da tomada de posse do novo governo.
(e não tem nada a ver com o facto de José Sócrates não participar este ano na Meia-Maratona de Lisboa no dia seguinte)

Jorge Moniz às 16:16 |



2 anos
Hoje.

Jorge Moniz às 16:10 |



quarta-feira, março 02, 2005


Para o aniversariante do dia

Quando vires uma estátua de um cavalo com um homem em cima, repara nas patas da frente do cavalo.
Se tem as duas patas levantadas, quer dizer que o homem morreu em batalha.
Se tem uma só pata levantada, o homem morreu por causa dos ferimentos de uma batalha.
E se tem as patas todas no chão, o homem morreu de causas naturais.

Mas isto é uma historieta que se conta e que não sei se é verdadeira. Se fores por exemplo ao Terreiro do Paço em Lisboa, vês lá uma grande estátua de um cavalo com um homem em cima.
O cavalo chamava-se Gentil, um dos mais belos cavalos portugueses da época. O seu dono era o Marquês de Marialva e emprestou-o ao escultor Machado de Castro para servir de modelo. Repara que o cavalo tem a pata direita levantada (as pessoas até costumam brincar dizendo que neste cavalo a pata direita é a esquerda).
O homem em cima desse cavalo chamava-se D. José I e foi Rei de Portugal, mas não morreu por causa dos ferimentos de nenhuma batalha. Aliás, a estátua foi inaugurada a 6 de Junho de 1775, no dia em que o Rei D. José I fez 61 anos. E ele estava lá (mas não se mostrou - ficou escondido numa janela ali ao pé, porque era um Rei muito tímido).

Já agora, fica também sabendo que a estátua levou quase 40 toneladas de bronze. Foi construída em Santa Apolónia, ali ao pé, mas demorou 3 dias e meio a ser levada até ao Terreiro do Paço, num carro feito de propósito e puxado por mais de mil homens!

Jorge Moniz às 19:55 |



Uma qualidade que há que reconhecer às merdinhas...
...é que têm tendência a vir juntas. Estragam-se menos dias assim.

Jorge Moniz às 18:32 |



As deputadas por partido

PP = 8 % (1 em 12)
PSD = 8 % (6 em 72) [onde estarão as santanetes?]
CDU = 21 % (3 em 14)
PS = 28% (34 em 120)
BE = 50 % (4 em 8)

Se o PS tem uma maioria absoluta de 53 % dos deputados, tem outra de 70 % das deputadas.

Já agora o partido do Manel, que defende as mães em casa, tinha mulheres como cabeças de lista em 3 distritos. Deviam ser todas solteiras e sem vontade de ter filhos.

(roubado à Emiéle, que leu no DN)

Jorge Moniz às 12:24 |



terça-feira, março 01, 2005


Nnãao se arjanajam por aí telcaodsos comc aquecimennto'?
ée que par ezcerever podts assim massai val tar quuteo

Jorge Moniz às 22:50 |