(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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quarta-feira, abril 25, 2007



Hoje, como noutros dias, não tenho nada de especial para dizer. Mas posso.

Jorge Moniz às 08:04 |



quarta-feira, abril 04, 2007


X Y
Os homens têm um cromossoma Y. Quando conhecem alguém, digamos que é um caminho que começa na base do Y. Durante a subida, vão-se aprendendo coisas um do outro e os sentimentos em desenvolvimento podem vir a ser de amizade ou algo diferente. Isso fica claro na bifurcação do Y. A partir daí, não há volta a dar-lhe. Se o homem se apaixona, segue pelo braço esquerdo do Y e já não vai poder ser amigo. E vice versa. Só há dois caminhos bem claros e sem regresso.
Às mulheres corresponde a letra X. Ora esta letra é completamente simétrica. Não se percebe qual é a base, o início, aquilo pode começar por qualquer lado, acabar em qualquer lado, até voltar ao cruzamento para perceber melhor onde se anda e para onde se quer ir. Enfim, uma confusão.

Jorge Moniz às 21:47 |