(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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quarta-feira, janeiro 21, 2004


Confesso:
Pela segunda vez roubo uma ideia à Sofia e vou deixar por aqui palavras com som.
Vêm de um velho disco do meu pai, onde o Mário Viegas diz alguns poemas como nunca ninguém. Vezes sem conta deixei a agulha do gira-discos escavar estes versos do Manuel da Fonseca (como se pode ouvir pelos estalidos de fundo). A música ambiente é do Luís Cília.

Lá quase no fim está a razão pela qual fui atraído até esta cadeira sem pescador no azul do Adriático.



E, já agora, o agradecimento (que ainda não tinha ficado escrito) à Patrícia, pelo espaço para ir guardando estes ficheiros.

Jorge Moniz às 14:59 |