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sexta-feira, fevereiro 21, 2003
Hoje o Ministro da Ciência e Ensino Superior vai até ao Parlamento e o PCP resolveu aproveitar para apresentar uma proposta para a atribuição de subsídio de desemprego a quem foi bolseiro de investigação (a notícia da rádio fala em professores universitários, mas deve ser engano. Falem com a menina do DN que ela explica como as coisas funcionam).
Se for aprovado (o que muito duvido), é de elementar justiça. Lembro que eu que trabalhei durante 4 anos não tive direito a subsídio de desemprego (aliás, já lá vão 10 longos meses sem rendimentos), enquanto por exemplo, o pessoal que tira cursos via ensino e que faz o estágio obrigatório numa escola, se não for colocado logo no primeiro concurso já tem direito ao subsídio.
Pode-se alegar que os bolseiros não pagam impostos. Mas então que passem a pagar (o que também é improvável, porque seria preciso aumentar os valores brutos, de modo a não baixar drasticamente o rendimento). Anda-se sempre neste limbo entre estudante e trabalhador.
Acho que o melhor seria:
- Bolsas de investigação para quem ainda é estudante de licenciatura ou já é trabalhador, como forma de premiar o trabalho extra;
- Para doutoramentos e outras dedicações exclusivas, deveria ser um contrato de trabalho com as regalias e obrigações dos outros trabalhadores (IRS, segurança social, subsídio de desemprego, férias).
Jorge Moniz às 11:02 |
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