(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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e-mail

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quarta-feira, maio 21, 2003



Tive uma fuga de agua no laboratorio. Fiz o procedimento adequado: intranet, serviços técnicos e preenchi o formulario a descrever a avaria. Passados 5 minutos apareceu um rapaz. Eu mostrei-lhe onde era, ele viu, tirou uma peça do sifão, saiu para ir buscar uma nova, voltou, montou a peça, disse "Ja' esta'.", eu agradeci e ele foi-se embora.
Depois fiquei a pensar como teria sido no meu antigo laboratorio do Técnico:
Primeiro tentava-se encontrar o Sr. Luciano, o que demora sempre um bocado. Ele aparecia, olhava para aquilo e dizia que ia falar com alguém para resolver. Nesse dia à tarde apareciam os dois, olhavam para aquilo, perguntavam ha' quanto tempo é que ja' estava assim, trocavam opiniões e orçamentos, a peça em causa não ia existir em armazém, passados uns dias eu metia uma fita adesiva a vedar aquilo e passadas umas semanas la' vinham arranjar a coisa.
Mas depois também me lembrei de coisas boas do antigo laboratorio, diferentes daqui:
- tinha musica o dia todo;
- não tinha internet (não havia o vicio de estar sempre a ver se há e-mails, se há posts, se há comentários... vou fazer uma desintoxicação!).

Jorge Moniz às 13:17 |