(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



e-mail

This page is powered by Blogger.

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com















terça-feira, julho 15, 2003



As surpresas finalmente espreitaram.
Uma, a do Manuel da Fonseca, está-me sempre a pedir para eu não a truncar e deixar aqui - um dia - todas as palavras. Talvez num Domingo me volte a sentar na cadeira para ver se o anzol é mordido...
A outra, do Sérgio Godinho, não é afinal um pôr-do-sol. Espero por quem amanhece, mas "não sei se dura sempre esse teu beijo, ou apenas o que resta desta noite".

Jorge Moniz às 13:29 |