(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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terça-feira, julho 15, 2003



Este fim-de-semana foi a grande partida para as férias. No sábado à tarde havia 800 km de engarrafamentos sob uns 38 ºC: os portageiros ofereciam garrafas de água aos automobilistas. Nos desfiles militares do 14 de Julho, os tanques até esburacaram os Campos Elísios, devido ao alcatrão derretido. Que também causou uma queda impressionante do 2º classificado da Volta a França (fémur, pulso e cotovelo partidos).
Ontem à noite estavam uns 30 °C na rua (pouco menos dentro de casa; há alturas em que é mais confortável viver sozinho, se me faço entender...), o que contribuiu para esperar durante o atraso de uma hora o fogo de artificio em noite de lua cheia. O oficial, porque os pequenos foguetes particulares foi durante toda a noite (consequentes alarmes de carros incluídos).

O canal Arte também tem uma espécie de caça ou tesouro, ou pedipaper, mas em versão cidades europeias. O programa deste sábado era em Lisboa. Há dois casais (um alemão e um francês) que são separados e têm que se encontrar com algumas pistas. E depois procurar juntos um tesouro com um código para o abrir. Meteu Terreiro do Paço, Museu de Artes Decorativas, Panteão, Museu do Fado e Castelo (o tesouro eram as Chaves da Cidade no Castelo e o código era a data de nascimento da Amália). Pelo caminho lá pediam ajuda às pessoas na rua. Estão a ver as conhecimentos de línguas do pessoal de Alfama? Os cómicos dos alemães até perguntavam primeiro "fala alemão?"! Um PSP não sabia uma palavra de inglês ou francês... pensei que tinham mais formação que a 4ª classe dos GNR's... Agora mesmo mau aspecto deu a miúda do quiosque do turismo da Rua Augusta, que garantia que a foto de uma estátua que lhe mostravam era em Belém (um bocadito longe para ir a pé...). A estátua era a de S. Vicente nas Portas do Sol.
No próximo sábado é Sevilha.

A propósito, o Caça ao Tesouro original começou em 1981 com o formato que passou em Portugal (um apresentador que faz as provas pelos concorrentes), só que as provas se passavam por todo o mundo. O formato mudou passados uns anos quando esse apresentador desapareceu num rio numa floresta tropical.

As cerejas estão a 10 €.

Mas há pior: o meu vizinho de cima pôs-se a aspirar a casa às 8h da manhã de sábado.

Vamos nesta altura com 29,8 °C no gabinete... prevê-se uma tarde difícil...

Jorge Moniz às 13:40 |