(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



e-mail

This page is powered by Blogger.

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com















quinta-feira, agosto 28, 2003



Apesar duma ligeira febre e do corpo dorido, voltei ontem ao meu jogging, agora oficialmente em preparação para a Meia-Maratona da Ponte Vasco da Gama. Antes de sair de casa vejo na televisão um português chamado Carlos Lopes a ganhar uma medalha de ouro nos Campeonatos do Mundo de Atletismo. Inspirador.
A prova eram os 400 m para invisuais. Os para-atletas portugueses continuam a ter mais sucesso do que os outros. E eu ainda não percebi se há algo a concluir disto.

(A pièce de résistence: alguns dos atletas invisuais usam as lentes dos óculos como local de publicidade!)

Jorge Moniz às 09:30 |