(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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terça-feira, agosto 26, 2003



As piores horas ou dias das férias são quando já me despedi de toda a gente, ou melhor, quando já não vou estar com mais ninguém. O tempo para fazer as malas sobra e não há livro, jornal, música, televisão, o que seja que apeteça. Tudo causa fastio.
Os primeiros dias de volta ao gabinete solitário e à casa solitária também não são muito simpáticos. Sei que com o tempo passa. Só não sei se isso é bom ou mau.
Pelo menos deixei o gabinete com 39 °C e encontro-o com 24 °C! E acaba de me chegar aqui o prémio semestral de produtividade: as férias estão pagas!

Quanto ao “Domingo que vem, eu vou fazer as coisas mais belas que um homem pode fazer na vida!”, ela não quis.
Ela, a vida, claro.

Jorge Moniz às 13:02 |