(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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sexta-feira, agosto 29, 2003



Deitada. Os meus olhos nadam em ti, saboreando cada onda do teu corpo.
À nossa volta as pessoas são grãos de areia, a praia é deserto. E tu és céu e mar, sol e lua unidos em perfeição, ao alcance duma braçada.
Quero tocar-te, ter o gesto certo, o rasgo perfeito, o golpe de asa.
Porque paro? Talvez porque receio contaminar-te com as minhas mãos de sal, com os meus lábios de sede.
Ou talvez porque temo que sejas apenas uma miragem que fugirá com a maré quando te segurar nos meus braços.
Pode-se ser demasiado bela?
Sê um pouco imperfeita para mim!

Jorge Moniz às 14:51 |