(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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terça-feira, agosto 05, 2003



O que anda aqui a dominar as notícias é a história de uma Marie. O pai dela é actor, a mãe realizadora. Logo a partir dos 4 anos começou também a fazer cinema. Até à data fez dezenas de filmes e peças de teatro, algumas vezes com os pais, sendo muito acarinhada pelo público. Entretanto casou e teve filhos. Quatro. Quatro casamentos e quatro filhos ? um de cada.
Há algum tempo partiu para a Lituânia filmar um novo telefilme. O seu actual companheiro, também um mediático vocalista de uma banda rock, acompanhou-a. Uma noite, no hotel, começaram a discutir. Ele tinha bebido e tomado vários medicamentos. Ele diz que houve uns empurrões e depois ela caiu e bateu com a cabeça. Só ele sabe o que aconteceu. Ela não resistiu a 5 dias de coma profundo. E a autópsia parece contradizê-lo.

Jorge Moniz às 14:57 |