(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quinta-feira, novembro 13, 2003



Há uns tempos falei aqui da política que o governo francês decidiu seguir para diminuir o consumo de tabaco: estabelece-se uma meta e vai-se aumentando o preço até a atingir. Nesta altura o maço já anda nos 4,5 euros e o consumo só baixou 1 %. Em Janeiro virá novo aumento.
Mas entretanto há os efeitos colaterais: quem mora perto das fronteiras com a Espanha, Bélgica, Alemanha, vai abastecer o porta-bagagens ao outro lado. Os comerciantes chegam a ter quebras de volume de negócios de 50 % e até já houve um que se suicidou. Além disso aumenta o contrabando e disparam os assaltos às tabacarias. O governo francês que é pai e mãe para todos já está em acção: vai haver policiamento nas tabacarias e ajuda financeira à instalação de sistemas de segurança.
Entretanto na internet já se vendem paletes de maços muito mais baratos, que vêm de um qualquer "palop" francês.

Jorge Moniz às 16:10 |