(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quarta-feira, novembro 12, 2003



Já não há pachorra para a mania do "consuma com moderação". Ainda não percebi se é obrigação de lei cada vez que num meio de comunicação social se pronuncie o nome de uma bebida com álcool acrescentar logo de seguida, "a consumir com moderação", mas que o fazem sempre, fazem. Assim do género: atchim => santinho. Até na Rádio Alfa a fazerem publicidade às várias festas de S. Martinho nos arredores de Paris: "há música ao vivo, castanhas assadas e água-pé, a consumir com moderação".

A propósito: um sociólogo que me explique a fixação dos imigrantes com a sua terra de origem. Cada vez que se encontram aqui dois portugueses que não se conhecem, em menos de um minuto, antes de saberem os nomes respectivos, aí está a pergunta infalível: "de onde é?"
Um destes dias vi na CGD o anúncio ao Anuário dos portugueses em França. Ora aquilo está organizado por regiões portuguesas! Minho, Trás-os-Montes, Beira Alta,... Dentro de cada capítulo vem então a morada francesa das pessoas. Com esta estrutura, acho que o único tipo de consulta que aquilo tem deve ser "deixa cá ber quantos tipos lá de Alguidares-de-Cima há em França, caral..."

Jorge Moniz às 16:26 |