(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quinta-feira, novembro 13, 2003



Nas notícias hoje de manhã na televisão:

"Apesar deste ataque, os portugueses enviaram mesmo assim mais de 100 tropas para o Iraque [imagem de GNR's a entrar num avião], ao contrário do Japão que decidiu fazer marcha atrás, estimando a situação como muito perigosa."

Tal como no século XV, voltamos a ser audazes e aventureiros! Ninguém nos pode parar! Viva!

(E ninguém se espante com os ataques não serem só contra americanos: para os terroristas fanáticos o que há a abater são os infiéis. Um dia destes um jornalista francês escondido no Paquistão conseguiu falar com um líder espiritual a quem perguntou se a França também era um alvo potencial de ataques. O tipo respondeu: "Vocês não são um país muçulmano, pois não?")

Jorge Moniz às 12:27 |