(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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quinta-feira, novembro 13, 2003



Às vezes lêem-se e escrevem-se coisas assim:

As mulheres ondulam as coxas quando andam. É a largura dos ossos da bacia e o bipedismo simultâneo que impõem esse oscilar. Os ossos da bacia têm a medida duma cabeça de bébé. Os nossos bébés têm a cabeça a medir assim porque somos inteligentes. Somos inteligentes porque temos um pedaço de cérebro a mais. Não se sabe como, mas diz-se que cresceu quando começámos a sonhar.
Os homens gostam de ver as mulheres a andar, as ancas a ondular. Ela passa e ele segue-a, quase onda também. E basta! É assim que começa tudo outra vez.

Jorge Moniz às 16:11 |