(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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terça-feira, fevereiro 10, 2004



É então aprovada hoje no parlamento francês a famosa lei que proíbe os "sinais religiosos ostensivos" na escolas públicas. Que não se pense que a maioria dos franceses também acham isto ridículo: numa sondagem ficou-se a saber que 57 % pensam que véus, kippas e cruzes são uma "ameaça séria à coesão nacional". A mim esta lei já teve o efeito de cada vez que vejo uma mulher com um véu na rua me pôr a pensar se é o pai ou o marido que a obriga, se é uma perigosa fanática, se sofreu uma lavagem cerebral por uma organização clandestina... E antes eu não pensava.

Jorge Moniz às 07:04 |