(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
<< hoje



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sábado, fevereiro 07, 2004


A propósito de há algum tempo ter tido uma conversa do género que já não tinha há muito tempo (lembram-se?):
Há determinadas coisas que só se dizem a partir de certas horas da noite e após muito tempo de convívio recente. De um momento para o outro, os temas normais esgotam-se e, sem mais razões aparentes, as palavras tomam outro caminho, passando-se barreiras uma hora antes intransponíveis. Hummm... eu diria que o cansaço e o sono também devem ter um papel nisto.

Jorge Moniz às 16:21 |