(mordidas mansas)














(por vezes bravas)



morder
 
os legumes
e o cacau,
à beira-mar,
em dias
e dias
de enganos;
afundando
ao vento
cogumelos
duns e doutros;
sem nada
de nada
ao colo
e recortando
fotos
de cães.

sacudindo
dias
de conversas
no camarote.

comendo
causas,
políticas
e erros
de um lado
e do outro;
fixando
de repente
o que tem
a praia:
letras
e girafas.



morder
o mundo

 
todos os minutos
todas as horas
todas as semanas
em francês
e em inglês



morder
os sons

 
em 5 minutos
debaixo de água
conhecendo
lendo
sentindo
e comprando



morder
as imagens

 
pessoais
amadoras
profissionais
em movimento
brevemente
aqui



morder
as palavras

 
sentidas
no escuro
em busca
de tempo



morder
o passado

 
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quinta-feira, fevereiro 12, 2004


Uns anos depois...
...de aprender a falar e a andar, lembro-me de ver na televisão umas reposições de um programa de humor do Jerry Lewis gravado ao vivo. Eu não achava muita piada aos sketchs, demasiado à base de humor físico e caretas, mas lá ia vendo aquilo. O que me lembro ainda muito bem é que, no fim de cada programa, ele se chegava à beira do palco e antes de agradecer e se despedir cantava a primeira estrofe duma música feita por Charlie Chaplin para os "Tempos Modernos" (a letra é de John Turner e Geoffrey Parsons). Mais tarde foi gravada pelo Nat King Cole e depois pela filha. Ontem ouvi-a na rádio numa versão do Rod Stewart.

Smile though your heart is aching;
Smile even though it's breaking.
When there are clouds in the sky, you'll get by.
If you smile through your fear and sorrow,
Smile and maybe tomorrow,
You'll see the sun come shining through for you.

Light up your face with gladness,
Hide every trace of sadness.
Although a tear may be ever so near,
That's the time you must keep on trying,
Smile, what's the use of crying?
You'll find that life is still worthwhile,
If you just smile.

Jorge Moniz às 14:59 |